28/11/2015 - 19h29

A apresentação final do conteúdo técnico do 12º Simpovidro acabou há somente algumas horas, mas já entrou para o rol de momentos inesquecíveis da história do evento. O maestro João Carlos Martins, um dos mais renomados músicos do Século 20, encantou a todos com sua história de superação e com a magia de sua música.

Um vídeo com imagens da carreira profissional de Martins abriu a palestra. Os presentes na Plenária Simpovidro puderam conferir o músico em apresentações pelo mundo desde a década de 1960. Na sequência, o maestro finalmente subiu ao palco, sendo ovacionado pelo público em pé.

Ele contou em detalhes o início de sua vida na música, ainda criança, e explicou como se iniciaram os problemas físicos em suas mãos: ainda jovem, machucou um nervo no braço direito jogando futebol; em 1995, foi golpeado na cabeça durante um assalto na Bulgária, causando sequelas neurológicas; anos depois, começou a perder o movimento da mão esquerda.

Tudo isso não foi capaz de interromper a paixão pela música: aprendeu a reger, tornando-se requisitado nas mais importantes salas de concerto do planeta à frente da Bachiana Filarmônia Sesi-SP, um trabalho social de inserção de jovens carentes no mundo da música erudita.

Após contar causos curiosos e engraçados de seus 75 anos de vida, sentou ao piano e emocionou até o mais duro dos vidreiros. Tocou cinco peças, algumas com acompanhamento de violino – incluindo uma de Johann Sebastian Bach, o clássico nacional Eu sei que eu te amar (de Vinícius de Moraes e Tom Jobim) e uma versão para o Hino Nacional Brasileiro.

A cobertura completa do 12º Simpovidro estará presente na edição de dezembro da revista O Vidroplano.