Vidroplano
Vidroplano

Nova era para os vidros de controle solar

29/01/2018 - 18h50

A NBR 16673 — Vidros revestidos para controle solar – Requisitos de processamento e manuseio, publicada no fim de janeiro pela ABNT, foi produzida por comissão de estudo do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37) e traz importantes adequações para as empresas que trabalham com o produto.

Qual a necessidade da norma?
Segundo Wagner Domingues, coordenador da Comissão de Estudos, que também é engenheiro de aplicação da Cebrace, esse produto exige um processo mais controlado por conta de seu revestimento metálico, responsável por barrar o calor. “O processamento desse vidro não requer mudança tão significativa, mas são necessárias adaptações [veja algumas no final da reportagem].” Ainda de acordo com Domingues, cerca de 40% do mercado está preparado para os novos requisitos: “A adequação para quem deseja se capacitar está acessível e é de domínio público”.

Cuidados com o forno
Além de padronizar a produção e melhorar a capacitação da mão de obra, o texto aborda questões relevantes sobre os diversos processos que podem utilizar vidros revestidos. Com relação à têmpera, os fornos devem ser adequados à emissividade de cada vidro. Leandro Gonçalves, gerente de Projetos da Divinal Vidros, que também participou da comissão de estudos, indica outros cuidados:

– O forno sempre deve estar totalmente limpo, principalmente os roletes, para evitar defeitos como a inclusão (conhecida pelo termo picagem);
– A face revestida não pode estar em contato com os roletes;
– Bom controle do processo de aquecimento, principalmente em relação à temperatura, ajuda a minimizar a distorção óptica inerente ao processo;
– Nunca colocar na mesma fornada vidros de características e composições diferentes, pois os ajustes do forno dependem da massa do vidro, tipo de revestimento, cor e espessura, não sendo possível garantir o resultado correto com tipos diferentes.

Principais requisitos da NBR 16673
– Estocagem: o vidro deve ficar em armazéns ventilados e cobertos a, pelo menos, 15 m das portas de entrada;
– O tempo máximo de estocagem para vidros com prata é de até seis meses;
– Corte: usar óleo de corte evaporativo e sempre fazer com a metalização do vidro virada para cima;
– Lapidação: a água usada no processo deve ter pH controlado entre 6,5 e 7,5. Por sua vez, a lavagem precisa de água desmineralizada.
– Durante o manuseio, devem-se usar luvas que não manchem as peças;
– Lavadoras devem ter cerdas macias e limpas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 541 (janeiro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



Newsletter

Cadastre-se aqui para receber nossas newsletters