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Sardenberg analisa e faz projeções sobre economia no 13º Simpovidro

11/11/2017 - 13h25

Para sua apresentação, o jornalista econômico Carlos Alberto Sardenberg levou à Plenária Simpovidro a mesma dinâmica, didática e carisma que transmite na rádio CBN, no Jornal da Globo e no canal televisivo Globonews. Divertido e carismático, ele trouxe leveza a um assunto denso como a economia.

Sua palestra começou com um dado positivo: embora muitos estimassem que o Brasil passaria por três anos de recessão a partir de 2015, ele apontou que 2017 já sinaliza uma melhoria entre 0,5% e 1% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Além disso, dados do Boletim Focus indicam que o País deve ter um crescimento econômico de até 3% no ano que vem.

Um fator positivo para impulsionar esse crescimento é o fato de o mundo ter se recuperado muito bem da crise econômica de 2009, o que acaba repercutindo no Brasil; além disso, as novas políticas econômicas implementadas pela equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já vêm mostrando benefícios para nossa economia. Em compensação, os custos públicos e a falência do Estado brasileiro foram citados pelo palestrante como um ponto negativo, que constrange o crescimento do País.

A grama do vizinho é mais verde – e há motivo para isso
Desta forma, sinaliza-se uma recuperação moderada da economia nacional. Apesar disso, Sardenberg ressaltou como contraponto que a média de crescimento do Brasil é baixa para um país emergente. Traçando um paralelo com outros países da América Latina, como Colômbia, Peru, Chile e México, ele mostrou que todos eles vêm crescendo nos últimos três anos em taxas maiores que a do Brasil.

Segundo o jornalista econômico, esses países reúnem três características comuns que explicam suas situações econômicas: o crescimento positivo de seus PIBs, sua inflação controlada, e taxas de juros baixas. O Brasil não teve essas características nos últimos anos, mas vem dando atenção a elas agora.

Como impulsionar o País
Sardenberg apresentou um dado bastante positivo: este ano, mais de um milhão de vagas de emprego foram criadas no Brasil, o que ajuda a trazer oxigênio para a economia brasileira. Outros índices positivos apontados pelo palestrante foram o aumento da confiança das empresas na economia e do consumo das famílias.

Porém, para recuperar plenamente a política econômica, Sardenberg listou algumas bases em que o governo precisa apostar: as reformas, a redução dos juros, o ajuste fiscal, as concessões e privatizações de empresas e rodovias do Estado, e a reorganização do governo.

Analisando as perspectivas para as eleições de 2018, ele reforçou a necessidade de renovações e criticou o aparelhamento do Estado, o engessamento das grandes estatais como Petrobras e Eletrobrás (nas quais decisões de cunho político frequentemente prejudicam seu desempenho econômico), e a prática do “toma lá, dá cá”.

Sardenberg observou que o País vem olhando para as próximas eleições sem muita confiança, pela falta de um nome para o qual as pessoas olhem e considerem como o líder que vai colocar o país nos trilhos. Ele lembrou, contudo, que milagres acontecem, citando o caso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: nomeado pelo então presidente Itamar Franco como ministro das Relações Exteriores, ele veio a se tornar ministro da Fazenda após várias trocas no cargo, todas incapazes de impulsionar a economia. Apesar da pouca confiança da população na capacidade de FHC para isso, sua gestão na Fazenda trouxe o Plano Real, que proporcionou um grande crescimento econômico. “Isso mostra que ainda pode haver uma esperança para a gente”, defendeu o jornalista, com otimismo.

Continue nos acompanhando para conferir a cobertura completa do 13º Simpovidro!



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