Vidroplano
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Como será o futuro das fachadas de vidro? GPD 2017 aponta caminhos

30/06/2017 - 16h27

Não é só por força de expressão que se diz que o Glass Performance Days (GPD) antecipa tendências no processamento e especificação do vidro. Nesta sexta-feira, último dia do fórum, foi possível conferir palestras que apontam caminhos interessantes para o setor seguir nos próximos anos.

Prepare-se para fachadas interativas e “energéticas”
Stephen Selkowitz, consultor do Lawrence Berkeley National Laboratory, analisou a evolução do uso do vidro em fachadas ao longo dos últimos anos com o objetivo de entender quais fatores guiarão o envidraçamento nas próximas décadas. Segundo Selkowitz, o envidraçamento vai se tornar “inteligente”, com desempenho cada vez maior, seja para oferecer conforto aos ocupantes de um edifício ou para fornecer energia (com a integração de painéis fotovoltaicos). Além disso, nosso material será encarado como um elemento dinâmico da construção, ao invés de algo estático. A maior aplicação de vidros tecnológicos será uma realidade — e ele ofereceu um dado impressionante: neste ano, os vidros low-e, com baixa emissividade, representarão cerca de 90% da fatia de mercado nos EUA.

Busca pelo diferente: Brasil é exemplo
As tendências atuais no design de fachadas transparentes foi o tema de Marcin Brzezicki, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Wroclaw, na Polônia. “Fachadas retas não são suficientes. Os arquitetos querem fazer esculturas”, comentou Brzezicki, enquanto mostrava diversos exemplos de obras com inovações, como pele de vidro com formações geométricas tridimensionais, vidro com impressão digital e até mesmo brises (quebra-sóis) com o material. Vale lembrar que, na edição de maio deste ano de O Vidroplano, foi citada a nova sede da empresa de cosméticos Natura, em São Paulo, que também ganhou brises envidraçados — isso mostra que a arquitetura nacional está de olho no que já se torna padrão lá fora.

Segurança: um fator a ser levado em conta
Sandro Casaccio, da Kuraray, abordou as diferentes formas de aplicação dos laminados, principalmente os com películas especiais de segurança. Além de explicar os benefícios de PVBs acústicos e quais estruturas podem receber esse tipo de vidro (como coberturas e claraboias), mostrou projetos ao redor do mundo.

No New York Pierhouse, em Nova York, o uso de laminado acústico permitiu a criação de uma fachada transparente em um empreendimento residencial. Também nos Estados Unidos, a Porsche Design Tower, localizada em Miami, possui o interlayer Ionoplast, produzido pela Kuraray, que é capaz de fazer o vidro resistir a furacões. Já o prédio da AIDA Entertainment Building, na Alemanha, ganhou PVBs coloridos, dando vida às cerca de 500 peças de vidro que compõem a fachada.

A palestra de Julia Schimmelpennnigh, da Eastman, também foi sobre laminados. Ela apresentou dados sobre testes realizados nesse tipo de vidro, chegando à conclusão de que o PVB estrutural é menos suscetível à delaminação e manchas nas bordas do vidro do que o PVB comum.



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