Vidroplano
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Mais brasileiros comentam experiência da participação no GPD 2017

30/06/2017 - 16h07

Ontem, foi possível conferir as opiniões de alguns dos visitantes brasileiros presentes na 25ª edição do Glass Performance Days (GPD), maior fórum vidreiro do mundo. Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, e Celina Araújo, que deixa a entidade a partir de segunda-feira, encontraram outros conterrâneos para saber como foram suas experiências no evento.

Uma conclusão unânime foi que o GPD 2017 agregou muito conhecimento para todos que acompanharam as palestras. Observou-se que o avanço do vidro está acontecendo de forma cada vez mais rápida. Portanto, aquele que não se informar sobre as novas tecnologias, e não adotá-las em seus produtos, ficará para trás, seja no Brasil ou em qualquer parte do mundo.

Leia a seguir os comentários dos brasileiros entrevistados no último dia de evento — e não deixe de conferir a cobertura completa do GPD 2017 na edição de julho de O Vidroplano!

DEPOIMENTOS

José Carlos Jeronymo - Glaston“De todas as edições do GPD das quais eu participei, esta é a que mais teve pessoas da América do Sul, o que mostra que o mercado está passando por uma série de transformações. Fora isso, o evento é sempre muito importante porque nele se discute tudo: tendências, normas técnicas, processos, é onde de fato se debate a nível mundial os rumos para onde caminha o mercado. O GPD me surpreende cada vez mais positivamente. Pelos números que eu tenho, estiveram aqui cerca de setecentas pessoas do mundo todo, e acho que a maior comitiva é dos Estados Unidos, onde o mercado vidreiro está crescendo muito e voltando a ser o que já foi. Tive ontem a oportunidade de participar de uma palestra sobre sustentabilidade, tema que, sinceramente, é a primeira vez que vejo ser discutido tão profundamente. Também assisti a algumas palestras sobre anisotropia, um tema que está na moda — digo isso pois sou do segmento de equipamentos e, há muitos anos, nós, produtores, fomos desafiados a desenvolver uma máquina para amenizar esse efeito. O que levo daqui para o Brasil é a importância de melhorar a qualidade do vidro no nosso País. Nós temos que sair da mesmice e ir para o valor agregado, buscar mercados em que a tecnologia chegou, porque essa talvez seja a grande alternativa nesse momento. Nosso mercado já passou da fase do ‘arroz-com-feijão’, então aquele que continuar fazendo isso vai ficar para trás. É importante que os empresários brasileiros saibam o quanto todos os empresários mundiais do vidro estão preocupados com qualidade.”
José Carlos Jeronymo
Diretor-comercial da Glaston Brasil

 

Osvaldo Hiroshi Fukunaga - PKO“Vim este ano ao GPD pela primeira vez para adquirir mais conhecimentos técnicos dos processos, e aqui é uma grande oportunidade de conseguir isso. É também o primeiro evento vidreiro do qual participo fora do Brasil, e tem atendido minhas expectativas. Ontem, nas apresentações sobre vidros temperados, consegui entender a parte teórica do processo — até então, só conhecia a prática da têmpera. Chamou minha atenção principalmente a palestra sobre o surgimento de manchas na têmpera. O contato com outras pessoas aqui tem sido bacana: tenho conversado com profissionais de outros países e, pelo jeito, eles têm enfrentado os mesmos problemas que nós no Brasil. Esse contato com outras empresas, tecnologias e conhecimentos é enriquecedor. Volto agora, sem dúvidas, mais informado ao Brasil e, se tiver a oportunidade, pretendo voltar nas próximas edições do GPD.”
Osvaldo Hiroshi Fukunaga
Gerente-industrial da PKO do Brasil, Mogi das Cruzes (SP)

 

Raimundo Calixto RCM Engenharia de estruturas“Contando este ano, já estive sete vezes no GPD e sou sempre um grande entusiasta do evento: como estamos aqui em um país extremamente desenvolvido, com empresas de maior tecnologia, tudo que é mostrado deve ser observado com a maior atenção. Para esta edição, vim com o foco muito dirigido à questão de energia, pelo fato de estar desenvolvendo um projeto em que as edificações estão procurando eficiência energética. Assisti a duas apresentações muito interessantes sobre fachadas inteligentes, nas quais foram mostradas a evolução dessas estruturas nos últimos 25 anos. O meu papel, dentro de tudo que foi mostrado, é tentar retirar o básico do básico, porque considero que, em muitas ocasiões no nosso País, esse tratamento é feito de forma muito pouco aprofundada. Os componentes da edificação são empregados de uma maneira isolada, cada um demonstrando o melhor do seu componente, mas não havendo uma preocupação com a eficiência do conjunto — ou seja, que a soma do conjunto seja muito maior do que a soma das qualidades individuais de cada componente. Destaco também as apresentações de novas tecnologias desenvolvidas por centros acadêmicos, escritórios de estruturas e outras entidades. Aqui se tem um ganho profissional tremendo.”
Raimundo Calixto de Melo Neto
Diretor da RCM Engenharia de Estruturas, Fortaleza



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