30/03/2017 - 13h08

Dê uma olhada nos edifícios residenciais perto de sua casa ou trabalho: muitos dos apartamentos terão fechamentos de sacadas com vidros. Esse produto já se tornou uma das aplicações mais comuns com nosso material no País, seja pela segurança oferecida a quem mora ali, pela proteção contra chuvas e poluição e até para aumentar a área útil dos apartamentos com conforto térmico e acústico.

Mas nada disso conta se a instalação não for benfeita, seguindo todos os procedimentos indicados nas normas técnicas vidreiras. Por isso, preparamos abaixo um guia prático para esse trabalho. É só seguir nossas dicas e ganhar a confiança dos clientes!

1 – Faça a lição de casa. Leia a norma!

Antes de qualquer coisa, anote aí: a norma que regula esse produto é a NBR 16259 — Sistemas de envidraçamento de sacadas — Requisitos e métodos de ensaio. Ainda não tem essa norma? Basta entrar em contato com a ABNT e solicitar o texto.

2 – A segurança começa pelo vidro!

Na hora de especificar o vidro, é fundamental considerar o desempenho exigido para a pressão do vento do local onde o sistema será instalado, a dimensão das peças e outros fatores para calcular a espessura que elas deverão ter. Além disso, lembre-se de que os únicos tipos de vidro que podem ser usados em fechamentos de sacadas são:

-Temperado: passa por um processo de aquecimento e resfriamento rápido durante a fabricação. Possui resistência até cinco vezes maior que a do vidro comum. Em caso de quebra, fragmenta-se em pequenos pedaços menos cortantes, o que diminui o risco de ferimentos;

-Laminados (também podem ser temperados laminados): São formados por duas ou mais lâminas de vidro fortemente interligadas por uma ou mais camadas intermediárias. Em caso de quebra, os cacos permanecem presos a essa camada, impedindo a abertura do vão, reduzindo o risco de acidentes e mantendo a área fechada e segura até que a substituição do vidro seja realizada.

3 – Conhecendo parte por parte!

O sistema de envidraçamento de sacadas, como o nome diz, é um sistema, e por isso deve ser avaliado. O vidro é um componente muito importante, mas não se pode esquecer que o perfil, a fixação e a ancoragem do sistema são fundamentais para o desempenho do vidro e a segurança da aplicação. Hoje já existem laboratórios que ensaiam os sistemas de envidraçamento de acordo com a NBR 16259, e os laudos dos ensaios podem ser solicitados junto ao seu fornecedor.

4 – Atenção com o peso!

Um fato fundamental para o fechamento de sacadas é a avaliação do acréscimo de peso do sistema à estrutura do prédio. Na hora do cálculo, devem ser considerados alguns fatores como:

-a carga extra na área de recolhimento dos painéis quando o sistema está aberto;

-o número de unidades a serem instaladas em toda a edificação;

-as cargas adicionais que a sacada suportará depois de fechada (como móveis, por exemplo).

5 – A pressa é inimiga da perfeição!

Caso a fixação do vidro no perfil seja feita com adesivos químicos, respeite o tempo de cura informado pelo fabricante do produto;

6 – Proteção contra a corrosão!

Já se a fixação for mecânica (ou seja, por meio de parafusos), certifique-se de que eles sejam feitos de materiais resistentes à corrosão. Da mesma forma, quando forem usados perfis de alumínio no fechamento, eles devem ser pintados ou anodizados (processo anticorrosivo por meio de imersão em banho eletrolítico). Isso vai garantir a proteção necessária contra a corrosão do sistema.

7 – Conhecimento nunca é demais!

Quando um envidraçamento de sacada for instalado sobre guarda-corpos, o instalador deve seguir não só as determinações da NBR 16259, mas também as da NBR 14718 — Guarda-corpos para edificação. Ela também pode ser adquirida com a ABNT.

Atenção: o fornecedor do envidraçamento de sacada se torna responsável também pelo guarda-corpo quando a instalação é sobre ele, mesmo que tenha sido instalado por outra empresa.

Para conhecer mais sobre a última versão da norma para envidraçamento de sacadas, leia a edição nº 494 de O Vidroplano!