Vidroplano
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Afinal, o Brasil tem jeito?

18/12/2015 - 15h18

Economista Paulo Rabello de Castro explica a crise econômica nacional e propõe novos caminhos

 

“Já fizemos ajustes econômicos em outras épocas. Por isso, sabemos que a crise não é eterna.”
Paulo Rabello de Castro

 

Tema
Panorama econômico e postura das empresas para enfrentar a crise

 

“Minha missão é difícil: fazer vocês acreditarem que o País pode dar certo.” Foi assim que Paulo Rabello de Castro, um dos economistas brasileiros com mais experiência em análise de mercado, abriu sua apresentação. Durante a exposição, circulou pelo auditório e até entrevistou alguns participantes sobre o atual cenário econômico e político.
De maneira ampla, Rabello abordou os diversos motivos que levaram o País à atual crise. Dentre eles, foram listadas questões externas, que fogem do controle do governo, além de má gestão pública da economia — hoje, o governo gasta mais do que arrecada. No fim, propôs correções para o rumo econômico nacional.

 

De onde vem o problema brasileiro
A economia surfou na boa onda do aumento do valor das commodities entre 2003 e 2008. No entanto, elas sofrem hoje uma baixa histórica. Ao mesmo tempo, os gastos do governo seguem crescendo, agora acima do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e também das receitas arrecadadas. Como consequência, a dívida pública brasileira não para de crescer.

 

Evolução das receitas e despesas ao ano
Receitas: + 13%
Despesas: 13,3%
Fonte: Resultado do Tesouro Nacional

 

Em que ponto estamos:

  • Inflação resistente;
  • Desemprego explosivo;
  • Alta inadimplência;
  • Retração máxima.

 

Desde 2002, inflação acumulada em doze meses cresceu mais que 10%

1,5 milhão de empregos sumiram do mercado em 2015

 

Mercado de vidros em 2016
Má notícia: os juros devem aumentar ainda mais, a renda deve diminuir e, com isso, haverá mais desemprego;
Boa notícia: a balança comercial deve ser invertida. Com o real fraco, exportações devem superar as importações.

 

O que precisa ser feito contra a crise
Apesar dos indicadores negativos, o economista encerrou sua apresentação com uma mensagem positiva, propondo ideias que, segundo ele, compõem uma agenda de superação:

  • Mudança do balanço monetário-fiscal, com rigidez orçamentária e flexibilidade monetária
  • Elaboração de uma lei de controle orçamentário
  • Criação de um conselho de gestão fiscal, com atuação nacional
  • Revisão condicionada das dívidas federativas
  • Plano real de impostos, com arrecadação simplificada

 

Problemas para 2016
Alguns fatores externos atuarão contra a economia nacional no próximo ano:

  • China, maior cliente brasileiro, está desacelerando sua economia;
  • Previsão de aumento dos juros norte-americanos deve enfraquecer ainda mais o real;
  • Diminuição do valor do barril de petróleo desaquece os investimentos no pré-sal.

 

Fale com eles!
Paulo Rabello de Castro — www.rcconsultores.com.br

 

Veja os eslaides dessa palestra acessando www.slideshare.net/abravidro



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