Vidroplano
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Como quebrar a sua empresa

23/11/2015 - 18h03

vp_editorial_maioEnfim, chegamos ao tão aguardado mês de novembro, reconhecidamente o melhor período do ano em volume de vendas de vidro no Brasil. Porém, como quase tudo neste ano, principalmente no campo dos negócios, estamos nos frustrando novamente.

Mas o que mais preocupa é a constatação de que os preços praticados hoje no setor vidreiro são inferiores aos do último janeiro.

Algo difícil de compreender face ao reajuste de preços da maioria dos insumos, dissídios trabalhistas e aos galopantes aumentos de custo de energia elétrica — em algumas regiões, foram mais de 80%! Para piorar, o custo do vidro em chapa, nossa principal matéria-prima, entrou numa gangorra perigosa, deixando-nos sem qualquer referência segura para trabalhar.

Como alguns têm acompanhado, venho alertando neste espaço sobre a importância de as empresas perseguirem a eficiência dos processos e o reposicionamento de mercado e de produtos, em busca de melhor performance. No entanto, o que se vê na prática é uma guerra de preços irresponsável e sem limites, em todos os elos de nossa cadeia produtiva. Nesse salve-se quem puder, os resultados ficam comprometidos, a inadimplência atinge níveis estratosféricos e… ninguém ganha dinheiro, muito pelo contrário!

Vejo muita gente reclamando das loucuras da concorrência, mas, para minha surpresa, muitos desses são os primeiros a tomar decisões impensadas. Compreendo a ansiedade do empresário ávido pela geração de caixa, mas atitudes imediatistas sem a correta análise de custos são fatais para o negócio.

Dois meses atrás, trouxe aqui o exemplo da crise europeia de 2008, quando, em alguns países, 1/3 dos processadores de vidros fechou as portas. O pior é que tenho ouvido notícias de algumas empresas que já encontraram esse caminho aqui no Brasil, algo que me entristece demais! Por isso, faço aqui um pedido. Seja você integrante da usina de base, distribuidor, indústria processadora ou varejista: esteja consciente de que a decisão está individualmente nas suas mãos, a cada negociação que você faz no dia a dia. Reflita!



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