Vidroplano
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Arco-íris francês

20/07/2018 - 12h54

Pense num edifício envidraçado. Talvez você tenha imaginado panos de vidros enormes na fachada, refletindo os arredores — a estética típica dos projetos com nosso material em grandes cidades. Porém, lá em Bordeuax, conhecida como uma das capitais do vinho na França, o Arc en Ciel (literalmente “arco-íris”, em francês) aposta nas cores como elemento visual e em um formato arredondado, dando novo fôlego ao conceito de obra comercial e residencial com vidro. A seguir, confira como o uso inteligente de PVBs coloridos alterou para melhor a paisagem de um bairro essencialmente residencial.

Ficha técnica
Autor do projeto: escritório Bernard Buhler Agency
Local: Grand Parc, Bordeaux, França
Área: 4,3 mil m²
Conclusão: 2010

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Modernização
O projeto é fruto de um processo de renovação do bairro de Grand Parc. Localizado próximo a um shopping center, foi concebido como um ponto de convergência urbano, representando o tráfego de carros, trens e pessoas dos arredores. Seu caráter misto lhe permite comportar cerca de quarenta apartamentos, além de escritórios. Segundo o arquiteto francês Bernard Buhler, responsável pelo design do edifício, é dividido em três partes distintas:

– O térreo é cercado por uma estrutura de metal (atrás do prédio há um estacionamento para trinta automóveis);
– O 1º andar, ambiente todo fechado com vidros incolores, é destinado aos escritórios, sendo também espaço de transição entre a rua e as habitações acima;
– Os demais andares são exclusivos para os apartamentos.

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Fachada multicores
Do 2º ao 6º andar, está o que salta aos olhos de quem passa nas ruas da vizinhança: a fachada cheia de cores, formada por laminados processados com Vanceva, a linha de PVBs coloridos da Eastman.

A instalação dos vidros seguiu ideias únicas e bastante inovadoras. Nosso material não fecha totalmente os vãos: ele está instalado verticalmente de forma a permitir a entrada de luz natural e a ventilação em abundância nos corredores que dão acesso às moradias. Esses corredores foram pensados para servir como local de circulação e ponto de encontro dos moradores, transformando o prédio em uma pequena comunidade pronta para a interação entre as pessoas.

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Relevo de caixas
Como se não bastasse o caleidoscópio de cores, a fachada também foi criada com base em conceitos ousados para dar tridimensionalidade ao projeto. Grandes caixas de concreto (com fechamento de vidro serigrafado) se projetam para fora em determinados pontos dos andares. O objetivo, segundo o arquiteto Buhler, é fornecer uma quebra no ritmo visual da estrutura.

Este texto foi originalmente publicado na edição 547 (julho de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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