Vidroplano
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Domo apresenta tendências em fachadas e possibilidades na arquitetura

24/11/2020 - 18h15

A segunda edição do 2º Encontro de Inovação em Fachadas (Domo) foi realizada hoje (24) pela Cebrace em parceria com as empresas Schüco e Eastman. Ao contrário da edição anterior, o formato desta edição se deu online, devido à pandemia do coronavírus. Daniel Domingos, gerente de Contas do setor de Interlayers–Arquitetura da Eastman, ressaltou na abertura o desafio de apresentar o evento nesse novo formato, mas enfatizou a expectativa dos organizadores para entregar um conteúdo de alta qualidade.

A primeira apresentação foi feita por Douglas Tolaine, diretor de Design do estúdio do Grupo Perkins&Will em São Paulo. Além de apresentar o grupo, Tolaine abordou seu manifesto de design: segundo ele, em outubro de 2020, o Studio São Paulo definiu sua filosofia de design, que se concentra nos tópicos de concepção e rigor; materialidades; espaço; sustentabilidade e biofilia (meio pelo qual é possível compreender o nível de envolvimento do ser humano com a natureza); e pessoas e sociedade, apresentando diferentes obras e projetos do estúdio nos quais esses preceitos foram colocados em prática – destacando que eles apreciam bastante o uso de vidros extra clear nesses trabalhos.

Em seguida, Vinícius Andrade, sócio-fundador do escritório Andrade Morettin Arquitetos Associados, comentou em sua palestra que uma pesquisa de sua equipe observou que regiões diferentes ao redor do mundo presentes na mesma zona climática tropical úmida em que boa parte do Brasil se encontra compartilham uma identidade muito clara de uma arquitetura vernacular, isto é, que usa materiais locais, algumas técnicas tradicionais, tipologias regionais e adequada ao ambiente, como as palafitas. Andrade explicou que se trata de estruturas leves, com materiais orgânicos e baixa carga térmica, que permitem melhor ventilação e sombreamento de seus espaços. O arquiteto apontou que a arquitetura brasileira costuma se inspirar na arquitetura de países mediterrâneos, mas que as soluções vernaculares poderiam ser incorporadas aos projetos no País de forma a oferecer obras mais adequadas ao nosso clima.

Patrik Schumacher, diretor do escritório Zaha Hadid Architects, fez a última apresentação do evento, na qual apresentou diversos trabalhos executados por eles na “nova China”. Ele explicou que seu escritório vem realizando obras na China nos últimos 35 anos e observa um aumento incrível no poder econômico do país. Schumacher indicou algumas tendências adotadas nos projetos que vão ao encontro das mudanças na China, como o conceito de cidades-jardins, em que grandes áreas verdes se harmonizam com espaços de enorme densidade urbana e populacional, a interligação entre torres e edificações por meio de pontes entre seus átrios e grande transparência nas fachadas e estruturas das obras.



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