Glasstec 2024: Glass Technology Live revela o futuro do vidro
22/10/2024 - 16h26
Como já é tradição na Glasstec, uma das maiores atrações da principal feira vidreira do mundo é a mostra Glass Technology Live. O espaço revela, em primeira mão, inovações e tecnologias que, em breve, poderão se tornar padrão na indústria. De protótipos para estruturas em formatos diferenciados a novas descobertas em relação a tópicos como impressão 3D, a visita ao espaço é obrigatória aos profissionais vidreiros presentes em Düsseldorf, Alemanha, de hoje a sexta-feira. Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora da revista O Vidroplano, está na Glasstec e traz as novidades com exclusividade – fique ligado aqui no portal Abravidro e em nossas redes para mais informações.
A Universidade de Tecnologia de Delft (Países Baixos), a empresa de engenharia Eckersley O’Callaghan (responsável pelas icônicas lojas envidraçadas da Apple no formato de cubo) e a fabricante chinesa de maquinários para processamento North Glass desenvolveram o Pavilhão da Geleira de Vidro, uma estrutura com 5 m de altura. Inspirada nos biomas gelados da Islândia, a obra usa máxima transparência, com o mínimo de conexões visíveis (feitas de aço inoxidável) entre as imensas peças de vidro, para evocar montanhas, geleiras e icebergs.
O consórcio entre as empresas Arnold Glas, LamiPress e VideowindoW apresenta uma fachada interativa com 45 m² que funciona como uma tela para a reprodução de imagens em altíssima resolução, com o objetivo de se adaptar às condições climáticas. Por meio de sensores que coletam dados em tempo real, a estrutura é capaz de alterar a imagem reproduzida – assim, consegue regular o nível de transmitância da luz solar, aumentando ou reduzindo a necessidade de luz artificial ou controle térmico no interior. Essas imagens variam de padrões de plantas a outros elementos encontrados na natureza, como animais.
Uma revolução para a construção civil: é o que promete ser o projeto da Universidade Técnica de Darmstadt, na Alemanha, em parceria com as empresas knippershelbig, Yachtglass e Eastman, para a criação de estruturas autoportantes de vidro que dispensam perfis de aço para se sustentarem. A ideia se baseia na laminação de ferragens e encaixes lineares dentro do vidro – reduzindo a quantidade de aço ao mínimo possível, tornando os projetos que utilizarem essa tecnologia muito mais eficientes em relação ao consumo de materiais. Uma próxima etapa do projeto é tornar possíveis envoltórios de edifícios completos integrando as ferragens também em vidros insulados.
Laminados de vidro e… concreto?
A Universidade de Ghent, na Bélgica, construiu uma passarela para demonstrar o potencial do uso simultâneo de vidro e concreto. O conceito, chamado Glass to Concrete (G2C), foi aplicado num protótipo, unindo os dois materiais por meio de selantes adesivos. A instalação consiste em uma laje de concreto com aberturas estrategicamente posicionadas para reduzir o peso, onde são coladas placas de vidro nas partes superior e inferior, aumentando a rigidez geral e oferecendo transparência ao conjunto.
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