16/08/2019 - 16h19

Faleceu na madrugada desta sexta-feira, 16 de agosto, Sonia Helena Guarita do Amaral, presidente do Conselho de Administração do Instituto Bardi/Casa de Vidro. A instituição é responsável pela preservação do legado da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, falecida em 1992, e de seu esposo, Pietro Maria Bardi.

Lina foi uma das maiores entusiastas do vidro no Brasil, ajudando a disseminar a versatilidade do material. Entre suas obras mais conhecidas está a Casa de Vidro, de 1951, localizada no bairro do Morumbi, em São Paulo. Com quatro fachadas de vidro e construída sobre pilares, ela “paira” em meio a um vasto jardim. Desde 1987, é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) do Governo do Estado de São Paulo.

Se não bastasse, Lina também foi responsável pelo projeto do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), obra emblemática para os paulistanos e cartão-postal da capital paulista. O prédio erguido na Avenida Paulista em 1968 tem uma ampla fachada de vidro. O material não está presente apenas no envoltório do edifício. Lá dentro, parte das mais de 10 mil obras que fazem parte do acervo é exposta em cavaletes únicos de vidro, também projetados por Lina e que passam a impressão de que as obras estão flutuando.

Ainda hoje o instituto, sediado na Casa de Vidro, tem papel importante para o material: no ano passado, foi sede da mostra Casas de vidro — História e conservação. Além de falar da residência projetada por Lina, a exposição abordava três obras internacionais assinadas por Philip Johnson, pelo casal Charles e Ray Eames e por Mies Van Der Rohe.

Devido ao falecimento de sua presidente, o instituto não funcionará neste fim de semana.