Vidroplano
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Vidro permite a divisão de ambientes com integração visual

24/06/2020 - 11h30

A transparência é o primeiro atributo que vem à mente quando pensamos no vidro. Com nosso material, é possível separar ambientes e ainda assim mantê-los conectados, com a sensação de que eles formam um único espaço aberto.

Seja por meio de portas — comuns ou automáticas —, divisórias, visores ou outras aplicações, o vidro se apresenta como uma opção extremamente interessante para a separação de ambientes. Assim, o vidraceiro que consegue explorar os benefícios oferecidos pelo produto pode encontrar muitas oportunidades de negócios, especialmente em tempos como o atual, em que a proteção contra contaminações se faz necessária. Confira as vantagens desse tipo de instalação nas próximas páginas.

Sem confinamento
Para os arquitetos recifenses João Vasconcelos e Luiz Dubeux, sócios-proprietários do escritório Dubeux Vasconcelos Arquitetura, os espaços residenciais estão cada vez menores. “Como os apartamentos são mais compactos, a gente precisa de um aproveitamento maior do espaço”, reforça Dubeux.

Na área comercial, por sua vez, a tendência atual é o conceito de open space (espaço aberto). Vasconcelos explica: “Ele consiste na formação de ‘ilhas’ de espaços mais privativos, sem que isso traga bloqueio visual. Desse modo, você não só tem a sensação de um único espaço amplo, mas também aproveita melhor a luminosidade em todos os ambientes”.

Em ambos os casos, os arquitetos apontam que o vidro tira a sensação de confinamento, tanto entre o ambiente interno e seu exterior como entre as divisões de dentro da obra.

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Além da transparência
Engana-se quem pensa que a integração visual é tudo que o vidro tem a oferecer na separação de ambientes. “Um dos principais benefícios é a agilidade na instalação: as divisórias chegam praticamente prontas, faltando apenas a montagem em obra, o que é feito rapidamente”, avalia a arquiteta Regina Padilha, do escritório Pura Arquitetura, de Belo Horizonte. Sistemas como cortinas de vidro ou divisórias com portas de correr, segundo ela, também garantem que os vãos sejam mais bem aproveitados.

 

Aline Dametto, arquiteta e gestora da StartGlass, de Porto Alegre, lista uma série de outras vantagens: “Pode ajudar ainda no aproveitamento da iluminação e na economia com eletricidade, além de contribuir para a atenuação acústica e não ocupar tanto espaço como uma parede ou divisão feita com outros materiais”.

Nosso material também proporciona privacidade: “No meu escritório, por exemplo, aplicamos adesivos como faixas horizontais nos vidros para esse objetivo”, conta a arquiteta Cristiane Schiavoni, de São Paulo. Cristiane aponta que essa solução também permite a decoração do ambiente, como no caso de uma divisória elaborada por ela para um apartamento, na qual foi utilizada uma película com a reprodução de uma foto.

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Contra a contaminação
Em tempos de pandemias como a vivida este ano, nosso material é um aliado não só da arquitetura, mas também da saúde. Robson Batista e Ana Apelt — respectivamente, sócio e gestora da Imbex Vidros, de Porto Alegre — ressaltam que, ao mesmo tempo em que o vidro permite contato visual com nitidez, ele traz segurança às pessoas, evitando a passagem de vírus e outros contaminantes.

Dessa forma, sua aplicação em espaços como hospitais e clínicas médicas torna-se bastante vantajoso — especialmente, segundo Batista e Ana, pela sua assepsia: vidro é mais fácil de higienizar e sofre menos desgaste do que plásticos, acrílicos e outros materiais mais porosos, mantendo sua transparência por muito mais tempo.

Mesmo em ambientes não ligados à área da saúde, o vidro é uma opção bastante atrativa, seja em novas obras ou na reforma de restaurantes, escritórios e outros espaços. “Até que se encontre a vacina para o vírus, muitos espaços precisarão de adaptação. Nesse sentido, sem dúvida o vidro incolor é o maior aliado, pois isola as pessoas fisicamente, mas não visualmente”, aponta Regina Padilha, do Pura Arquitetura. “Aliás, eu acredito que a pandemia ajudou a reforçar ainda mais esse conceito, com o novo jeito de se relacionar que foi criado”, emenda. “Surgiu agora certa informalidade nas relações, principalmente no trabalho. Isso significa que essa integração, que já vinha crescendo, se reforça mesmo nos ambientes mais tradicionais.”

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Mais vidros, mais negócios
Essa tendência pode ser uma oportunidade para o vidraceiro atento ao mercado aumentar suas vendas. A Brasil Vidros, de Vila Velha (ES) confirma esse conceito: “Conforme as pessoas foram ficando em casa, começaram a ver necessidades que não percebiam em dias normais”, afirma Régis Fabiano Teixeira de Godoy, sócio-proprietário da empresa. Ele destaca como exemplo o uso do material para a integração da parte coberta de uma residência à área de descanso ou jardim, trazendo a tranquilidade de fora para o lado de dentro.

A Imbex Vidros conta que teve um aumento significativo na procura por instalações em moradias para adequar espaços de home office, como a adaptação de um sótão em escritório, além da colocação de visores de vidro em um hospital da capital gaúcha e de divisórias individuais em espaços de trabalho.

Embora locais como supermercados tenham adotado o acrílico em pequenas soluções, os arquitetos do Dubeux Vasconcelos Arquitetura consideram que o vidro se mostra mais vantajoso para aplicações de maior porte. “Trata-se de um material mais seguro, mais barato para uso em grandes dimensões e mais resistente mesmo com menor espessura. Uma peça de acrílico de grandes dimensões precisa ser muito espessa”, explica Luiz Dubeux.

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Criatividade e conhecimento
De acordo com Sandro Henrique Rensi, diretor-executivo da Steinglass Vidros e Esquadrias, de São José (SC), saber interpretar a solicitação e o desejo do cliente é fundamental. Mas ele alerta: “Também é importante não criar expectativas quando o próprio ambiente não permite algumas soluções”.

Rensi aponta que os principais cuidados devem ser tomados ainda na hora do projeto, sempre seguindo as determinações das normas técnicas e verificando se a estrutura em que o sistema será instalado é capaz de comportá-lo, bem como as regras do local em relação a horários de trabalho e ruídos. O tamanho dos vidros também deve ser levado em conta. “Não basta fazer a medição do ambiente em que as peças serão aplicadas, também se deve verificar o tamanho do elevador ou da escadaria, para ter certeza de que se poderá levá-las até a obra e entrar nela com os produtos”, aconselha.

Régis Godoy, da Brasil Vidros, sugere que os vidraceiros busquem informações sobre novos sistemas e produtos no mercado. Cristiane Schavoni vai além: “Quando faço o projeto, ele ainda é uma ideia, então preciso que o vidraceiro tenha o conhecimento técnico para saber as condições que viabilizam o projeto, e que também saiba vários acabamentos de vidro em termos visuais que existem no mercado para indicar soluções.

Vale destacar que essa troca é vantajosa para ambas as partes. “Como a obra é uma construção junto com o cliente e o arquiteto, é um ótimo caminho procurar entender melhor os projetos e ter uma boa relação com arquitetos, designers e engenheiros e, assim, estar sempre atualizando os conhecimentos”, avalia Aline Dametto, da StartGlass.

Este texto foi originalmente publicado na edição 570 (junho de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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