Vidroplano
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Escritório moderno tem vidro

18/12/2018 - 10h00

Nem é preciso voltar muito no tempo para lembrar a estética dos escritórios antigos. Na década de 1990, e até mesmo em parte da passada, as cores sóbrias dominavam os ambientes. O diálogo com o exterior era feito através de pequenas janelas, quase sempre com cortinas. No espaço interno, a presença de paredes de alvenaria ou divisórias gerava pouca comunicação entre os funcionários.

Em parte graças à tecnologia vidreira, arquitetos passaram a apostar mais no material desses projetos — e a situação mudou para melhor. Hoje, as áreas de trabalho recebem mais luz natural, dispensam o uso excessivo de ar condicionado e garantem maior versatilidade na hora de separar os setores da empresa, pois permitem disposições, formas e cores variadas.

A seguir, veja como o vidro tem posição de protagonista na parte estrutural e na decoração de um escritório, oferecendo mais qualidade de vida para quem trabalha nesse ambiente.

Quatro (principais) razões para usar vidro
As empresas e profissionais contatados pela reportagem de O Vidroplano mencionaram que os clientes, em geral, buscam os seguintes atributos, todos eles encontrados no vidro:

Luz: fator relevante para a economia de energia elétrica e para a produtividade dos trabalhadores (saiba mais no item “A importância da luz natural“);

Compartimentação: a transparência permite dividir um espaço sem separá-lo por completo, fazendo com que as equipes de trabalho interajam visualmente;

Estética: coloridos, curvos, serigrafados ou impressos, os vidros deixam o ambiente mais belo, elegante ou ousado, dependendo da obra;

Acústica: a diminuição de barulho oferecida pelo vidro é maior do que a de outros materiais.

Privacidade ao gosto do cliente O vidro impresso é mais uma possibilidade interessante para escritórios, pois oferece transparência com privacidade, de acordo com o padrão das peças escolhido pelos arquitetos. “Por meio de sua textura, é possível gerar soluções com vida própria e quase que exclusivas, ao mesmo tempo que passa uma sobriedade ao ambiente”, analisa Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass. Outras soluções são os vidros polarizados, conhecidos como “inteligentes”, que mudam de transparente para translúcido com tecnologia que envolve um interlayer com partículas suspensas em cristal líquido e corrente elétrica (detalhes sobre o material, incluindo ainda outros tipos que oferecem controle de luminosidade, como os de controle solar e eletrocrômico, você verá na matéria especial de janeiro de O Vidroplano. Não perca!).

 Privacidade ao gosto do cliente
O vidro impresso é mais uma possibilidade interessante para escritórios, pois oferece transparência com privacidade, de acordo com o padrão das peças escolhido pelos arquitetos. “Por meio de sua textura, é possível gerar soluções com vida própria e quase que exclusivas, ao mesmo tempo que passa uma sobriedade ao ambiente”, analisa Gabriel Zanatta, coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass.

Outras soluções são os vidros polarizados, conhecidos como “inteligentes”, que mudam de transparente para translúcido com tecnologia que envolve um interlayer com partículas suspensas em cristal líquido e corrente elétrica (detalhes sobre o material, incluindo ainda outros tipos que oferecem controle de luminosidade, como os de controle solar e eletrocrômico, você verá na matéria especial de janeiro de O Vidroplano. Não perca!).

Tendências modernas
Para Jorge Chakur, diretor da Penha Vidros, o desenvolvimento tecnológico das indústrias de base no Brasil ampliou o leque de opções. “Percebo claramente uma escolha por chapas menos refletivas do que aquelas utilizadas no passado recente”, analisa. “Hoje são preferidas chapas com tons mais neutros, porém sem perder a eficiência energética.”

O uso em ambientes pequenos é outro destaque, já que vidros e espelhos ajudam a oferecer amplitude, como reforça Viviane Moscoso, da Vivix: “Caso não haja necessidade de uma reflexão tão aberta, pode-se utilizá-lo em cores como bronze, cinza ou com películas que proporcionem, também, leveza e sofisticação”. “Há ainda uma inclinação para a iluminação por trás das peças, tornando-as mais vivas e chamativas”, explica Claudio Mansur, CEO da Casa Mansur.

“Ao buscar por conforto acústico, o insulado é o mais requisitado. Junto com ele entram as persianas entre vidros”, comenta Nicole Fisher, diretora de Produção da Atenua Som, referindo-se ao aumento de aplicações que visam a impedir a entrada de barulho nas edificações.

Marcos Eugênio Gervazoni, do departamento comercial do Grupo Tecnovidro, aponta uma constatação interessante no mercado: “Também recebemos solicitações de vidros recortados ou modelados, nas quais percebe-se nitidamente que está sendo feita a substituição de um componente que, até então, poderia ser de madeira ou metal”. Ou seja, nosso material está substituindo outras matérias-primas.

Benefícios para o trabalho
As facilidades geradas pelo material ajudam na manutenção do escritório:
– Oferece grande durabilidade;
– Não necessita de cuidados especiais para a pintura, no caso de vidros coloridos;
– Por ser lisa, sua superfície não absorve água ou gordura;
– Garante praticidade na limpeza;
– Não necessita de rejuntes durante a instalação, o que garante menos espaço para acumulação de sujeiras e bactérias.

Mil e uma cores
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Como citado na abertura desta reportagem, as cores sóbrias não mais predominam nos espaços corporativos. Novamente, o vidro contribuiu para a mudança de conceito, agora graças às placas coloridas, serigrafadas ou com impressão digital. “Edifícios comerciais e hospitalares já estão sendo construídos com esses produtos aplicados, principalmente em hall de elevadores, por exemplo. A maior parte dessa utilização está concentrada em revestimento de paredes e móveis”, comenta o diretor-comercial da Color Vidros, Vitor Maione. Os vidros estão ainda em:

– Lousas de salas de reunião;
– Tampos de mesa;
– Divisórias e mobiliários diversos, como os cachepôs, vasos grandes que enfeitam recepções.

cores“Vale citar as tintas especiais que se fundem ao vidro e até mesmo os PVBs coloridos para novos tipos de aplicação”, explica Luiz Cláudio Rezende, consultor técnico da Viminas. Existem efeitos, muito além das cores sólidas, que também podem ser explorados por designers de interiores, incluindo tons metalizados, fluorescentes, perolizados e texturas aveludadas. “Com essas possibilidades, a decoração ganha mais liberdade e facilita a harmonização com o ambiente”, afirma Maione.

A importância da luz natural
integração
Estudos científicos internacionais e brasileiros, contando um da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2014, revelam que o Sol tem impacto direto sobre o ciclo biológico humano. O uso excessivo de luz artificial pode prejudicar a saúde: é real a ligação entre falta de iluminação natural e distúrbios de humor e psiquiátricos (como estresse e depressão), alteração no metabolismo e queda na produção de hormônios. Sem acesso à luz solar, as pessoas não trabalham satisfatoriamente, pois sua concentração e produtividade são afetadas.

Em entrevista sobre o assunto para a revista Época, uma das pesquisadoras envolvidas na pesquisa da UFGRS, Betina Martau, professora-adjunta do departamento de arquitetura, afirmou que a importância do contato com luz natural de dia precisa ser difundida. “Os arquitetos devem compreender a responsabilidade que têm em relação às pessoas que irão ocupar determinada construção”. Ainda segundo a professora, um escritório perfeito em termos de luminosidade é inteiro iluminado naturalmente. “A possibilidade de contato com o exterior é benéfica emocionalmente. Em espaços sem contato visual com o exterior, é necessário que o controle da intensidade, espectro e cor da luz esteja acessível ao funcionário.”

O escritório modular do futuro
pod

A Corning, em parceria com a fabricante de divisórias SnapCab, desenvolveu dois sistemas modulares que indicam como serão as áreas de trabalho em breve. O modelo Pod é móvel, customizável (o cliente pode mudar cores e aspectos visuais) e serve como espaço privativo para reuniões. Já o Portal é uma espécie de lousa multimídia que pode ser usada como tela para apresentações. Ambos são feitos com o vidro Gorilla Glass laminado, material com alta resistência a riscos e quebra.

hulicIntegração com o exterior
Em fevereiro de 2018, O Vidroplano mostrou em detalhes o prédio comercial Hulic & New Shibuya, erguido em Tóquio. Embora a obra seja exceção no quesito transparência ao extremo, deixando totalmente à mostra o interior dos escritórios, lojas e restaurantes presentes em seus dez andares, esse conceito de integração em grande escala já aparece no Brasil em projetos como os da EZ Towers, em São Paulo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 552 (dezembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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