Vidroplano
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Os aprendizados da crise

01/09/2015 - 13h09

Sem qualquer pretensão, acredito que o Simpovidro 2015 será o mais importante entre todos até hoje. Neste momento de forte retração de mercado, ampliar conhecimentos e dividir experiências não é apenas desejável, mas passou a ser obrigação para a compreensão da situação e tomada das melhores decisões.

Como venho repetindo, nas vacas magras o empresário vidreiro precisa mostrar seus diferenciais e capacidade de se adaptar. O aumento do volume de vendas deixa de ser a principal fonte de lucro — o desempenho da empresa depende muito mais da eficiência dos processos internos e de uma severa gestão dos custos. Loucuras e incompetências serão fatais para quem insistir em estratégias voltadas apenas para a quantidade e não para a qualidade das ações.

Em minha empresa não tem sido diferente. Alguns resultados são interessantes e eu gostaria de compartilhar experiências que deram certo. A proposta não é ditar regras, apenas registrar exemplos pessoais.

• A gestão de pessoas nunca foi tão importante. Firmamos um pacto interno com nossa equipe para a revisão do processo produtivo. Mudanças em parâmetros de otimização, ajustes de layout e maior capacitação reduziram em 30% nosso índice de quebra em relação ao ano passado.

• Focamos nas maiores despesas e os aumentos galopantes no preço da energia elétrica mereceram atenção especial. Refinamos a receita do forno de têmpera, diminuímos a quantidade de setups (paradas de ajuste) nas linhas produtivas e ampliamos a ocupação da capacidade dos equipamentos. O resultado foi uma diminuição de 12% no gasto de kW/h por m² produzido.

• Na palestra de Cristiane Correa, no último Simpovidro, aprendemos com os donos da Ambev que “custo é como unha, precisa ser cortado sempre”. Nessa linha, fizemos avaliação detalhada de todas as despesas, adequamos a estrutura, cortamos supérfluos e ociosidades e renegociamos com fornecedores. Até agora, conseguimos abaixar em 27% os nossos custos fixos.

Como se vê, não existem fórmulas mágicas. Ganhos de eficiência são obtidos numa perseguição contínua, que deveria ser parte de nossa rotina, mas acontece hoje com maior intensidade diante da pressão da crise. Devemos encarar este momento como um grande aprendizado que irá nos preparar para um novo ciclo de crescimento.



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