Vidroplano
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Como o vidro se comportou em 2005?

01/03/2006 - 00h00

Como faz anualmente, a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro – Abividro consultou seus associados e publicou no Anuário Abividro 2006 dados numéricos relacionados ao desempenho do vidro em quatro segmentos (embalagens, vidros domésticos, técnicos e planos).

E o resultado? Os dados publicados mostram que não houve grandes mudanças no desempenho do segmento em relação a 2004.

Entre os quatro mercados pesquisados pela associação, o de vidro plano se destacou como o segundo que mais cresceu no ano de 2005 – 3,5% –, perdendo apenas para o de embalagens, com faturamento 5,3% maior do que em 2004. Além disso, o segmento cresceu mais no último ano do que em 2004 (1,5%). Porém, não fugiu das estimativas feitas pelo mercado.

O volume das exportações de vidro plano também aumentou. Os US$ 114,8 milhões registrados em 2004 foram ultrapassados pelos US$ 137,6 milhões alcançados no último ano, sendo o segmento que mais faturou com vendas externas.

Já a queda brusca registrada nos investimentos se deve ao fato de que em 2005 não se abriu nenhuma fábrica de vidro, como aconteceu em 2004, quando a Cebrace inaugurou sua unidade de Barra Velha (SC).

Opinião de quem entende do assunto

“O câmbio valorizado, o aumento dos custos – aumento salarial, elevação dos preços de energia e transporte – e a concorrência dos produtos chineses comprometeram as exportações e limitaram o crescimento do setor em 2005”, justifica Jean-Pierre Floris, presidente do segmento de vidros planos da Abividro.
Em 2005, afirmam Wilson Farhat Júnior, presidente da Andiv e Lucien Belmonte, superintendente da Abividro, o setor se deparou com a queda do preço médio do vidro plano no mercado. “A conseqüência foi o aumento do volume de vidros processados para compensar a queda no faturamento”, explica Wilson. “Apesar dessa realidade não muito favorável, o segmento não se acomodou e as empresas fizeram grandes investimentos no processamento, tornando a indústria nacional cada vez mais competitiva.”

 

O que esperar de 2006

 

Para o vidro plano, o futuro depende bastante da situação econômica. “Temos uma enorme capacidade produtiva, mas, infelizmente, somos um segmento que depende muito do caminhar de toda a economia. Afinal, a janela é a última coisa que se coloca na construção”, opina Lucien.

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciada pelo governo em fevereiro, deve incentivar a retomada do crescimento da construção civil, o que beneficia o setor de vidros planos.

Desempenho Global do Setor Vidreiro
Segmento
Faturamento (milhões)
Participação
Capacidade de Produção
Investimento 2005
Investimento 2006
Empregos
Embalagem
R$ 1.168,00
31,1%
1.292
59.0
105.0
5.1
Doméstico
R$ 474,00
12,6%
220
11.0
26.0
2.3
Vidros Técnicos
R$ 1.078,00
28,7%
332
46.0
24.0
3.4
Vidros Planos
R$ 1.033,00
27,5%
1240
21.0
14.0
1.4
Total
R$ 3.753,00
100%
3.084
137.0
169.0
12.2

Perfil do Segmento de Vidros Planos
Ano
Faturamento (milhões)
Capacidade de Produção
Investimento
Exportações

2000

R$ 744,00
1.110
39
71.2

2001

R$ 846,00
1.110
44
65.2

2002

R$ 924,00
1.050
39
70.7

2003

R$ 968,00
1.050
65.5
91.7

2004

R$ 998,00
1.240
63
114.8

2005

R$ 1.033,00
1.240
21
137.6



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