Vidroplano
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Uma vitória a celebrar

19/07/2019 - 14h25

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz/SP) publicou, na última semana de junho, portaria com as novas Margens de Valor Agregado (MVAs) da Substituição Tributária (ST) para materiais de construção, incluídos aí os diferentes tipos de vidro. Os índices publicados para os vidros processados — em especial temperado e laminado — foram uma grande vitória para o nosso setor e resultam do empenho da Abravidro, que somou forças com Sinbevidros-SP e Abividro na defesa dos interesses do mercado vidreiro na condução da questão junto à Sefaz/SP. As MVAs de 36% para o temperado e laminado são mais baixas que os 75% vigentes desde fevereiro e menores também que os 45% vigentes de 2014 a janeiro deste ano.

Mas o assunto ST não se encerra aqui. Ainda estão em nossa pauta uma tentativa de anistia que possa regularizar a situação do período entre julho de 2018 e janeiro de 2019 e também a intenção de buscar a remoção dos produtos da cadeia do vidro plano da ST, num movimento que pode ser coordenado entre os diversos Estados interessados.

Se na agenda com o poder público temos o que celebrar, a situação do mercado vidreiro segue em estado de atenção. A sobreoferta de matéria-prima continua trazendo desequilíbrio, o que, aliado à guerra de preços e à informalidade crescente, preocupa a todos nós. Os valores do float, assim como dos processados, vêm caindo em índices preocupantes, por não serem sustentáveis. No Panorama Abravidro 2019, víamos a primeira inversão de tendência quando o preço médio do vidro temperado em 2018 recuperou parte das perdas recentes. Infelizmente, a sensação é de que hoje estejamos novamente no movimento de queda.

editorialE é diante desse cenário que mais uma vez aproveito este espaço para pedir responsabilidade a todos os atores da cadeia vidreira. Se queremos um setor fortalecido, não podemos cair na tentação da informalidade, das vendas sem nota, da guerra de preços e da irresponsabilidade. Isso pode parecer uma solução no momento, mas se revelará um remédio amargo no futuro.

José Domingos Seixas, presidente da Abravidro

Este texto foi originalmente publicado na edição 559 (julho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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