Vidroplano
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Vidro marca presença em obras de Paulo Mendes da Rocha

21/06/2021 - 10h31

Um dos nomes fundamentais da arquitetura brasileira em todos os tempos, Paulo Mendes da Rocha faleceu em 23 de maio, aos 92 anos, em decorrência de um câncer de pulmão. Em atividade por mais de seis décadas a partir dos anos 1950, ele era renomado internacionalmente: recebeu o Pritzker, maior prêmio da atividade no mundo, em 2006, além de ter desenvolvido obras em diversos países.

 

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Mendes da Rocha foi um membro-chave da chamada Escola Paulista, movimento da arquitetura moderna nacional marcado pelo uso do concreto armado aparente, em estruturas horizontalizadas, com grandes vãos. Apesar de a aplicação do vidro não ser uma das principais características de suas obras, o arquiteto utilizou nosso material em diversos projetos marcantes. Para celebrar a memória desse gênio brasileiro, O Vidroplano relembra nas próximas páginas algumas dessas construções icônicas.

 

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Pinacoteca do Estado de São Paulo
Em 1994, Mendes da Rocha foi o responsável pela reforma do museu, ampliando e restaurando diversas salas de exposições. Um dos mais marcantes feitos foi a criação de uma cobertura para o pátio interno: vidros fecham o vão, permitindo a entrada de luz natural nos interiores. Finalizada quatro anos depois, em 1998, a reforma da Pinacoteca esteve inserida em um amplo programa de revitalização do Centro de São Paulo.

 

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Sesc 24 de Maio
Inaugurado em 2017 na Zona Central da cidade de São Paulo, o prédio do Sesc 24 de Maio reúne diversos espaços para uso recreativo, incluindo teatro, biblioteca, áreas de leitura, oficinas e exposições, salas para ginástica e piscinas. Tudo isso é envolto por uma surpreendente fachada feita de laminados de vidros de controle solar Cool Lite SKN 154, da Cebrace, com 12 mm de espessura, processados pela Pilkington. Temperados laminados incolores 20 mm, fornecidos pela Space Glass e Interbox, também fazem parte do edifício, sendo peças-chave para dividir as diferentes salas de atividades em cada piso. O projeto da fachada é da Rissi Esquadrias: uma estrutura tubular oferece a sustentação necessária para as chapas de nosso material.

 

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Museu da Língua Portuguesa
Previsto para ser reaberto em julho, após passar por longa reforma devido a um incêndio que destruiu boa parte do espaço em 2015, o Museu da Língua Portuguesa foi desenvolvido por Mendes da Rocha em parceria com seu filho, Pedro Mendes da Rocha. O projeto original foi respeitado durante a renovação – inclusive, parte das novidades estava entre os conceitos iniciais, apenas não tinha sido aplicada. Estão mantidos, por exemplo, os tradicionais telhados de vidro, formados por uma estrutura metálica que cobre os pátios, de forma a continuar o diálogo com a estética da Pinacoteca, localizada exatamente em frente, do outro lado da rua.

Este texto foi originalmente publicado na edição 582 (junho de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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