Vidroplano
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Vidro para uma vida melhor

16/12/2019 - 17h47

Quem é?
Sol Camacho é arquiteta, fundadora do escritório internacional Raddar, mestre em arquitetura e design urbano e diretora cultural do Instituto Bardi/Casa de Vidro (SP).

 

O status quo da arquitetura brasileira é o aço e o concreto. Os estudantes daqui fazem experiências em laboratório com esses materiais. A partir de agora, a própria indústria do vidro precisa investir nisso

 

Tópicos abordados
Importância do profissional: segundo estudo do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) de 2017, cerca de 85% das cidades brasileiras são construídas sem a participação de arquitetos ou engenheiros. Assim, são deixadas de lado as características dos terrenos, criando-se espaços sem uniformidade e sem objetivos de ocupação.

Falta de estrutura: um dos resultados disso é a ocorrência de favelas. Sol participou de um projeto, em parceria com o Hospital Albert Einstein e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), para mapear a favela de Paraisópolis, uma das maiores de São Paulo, com o objetivo de facilitar a chegada de serviços públicos no local.

Consequências: foi identificado que as condições de vida ali estão ligadas a problemas de saúde, causados pela falta de ventilação e luz natural – algo que o vidro pode oferecer. Empresas de concreto já criaram campanhas para melhorar as moradias desses espaços. O setor vidreiro também precisa olhar para esse tipo de iniciativa.

As verdadeiras tendências para a arquitetura: desenvolver iniciativas de melhoria habitacional, criar parcerias com universidades e colaborar com o setor criativo.

Este texto foi originalmente publicado na edição 564 (dezembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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