Vidroplano
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Oportunidade! Brasil terá nova fábrica de painéis fotovoltaicos

07/08/2015 - 18h01

Empresa chinesa anuncia construção de planta em Campinas (SP) e pretende adquirir vidros de fabricantes nacionais

Para combater a crise energética enfrentada pelo Brasil desde o ano passado, é necessário que a matriz elétrica nacional se torne mais diversificada. Dentre as fontes disponíveis, a energia solar tem grande potencial de crescimento no País. E um importante passo nessa direção foi dado no dia 22 de maio, quando a multinacional chinesa BYD, atuante nos segmentos de energia e veículos elétricos, anunciou que instalará uma unidade para fabricação de painéis fotovoltaicos na cidade de Campinas, a 84 km de São Paulo.

Para tal empreitada, a BYD conta com o apoio da Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos ligada ao governo paulista. Todos os investimentos relacionados a energias renováveis são extremamente estratégicos para o Estado e o Brasil”, afirma Juan Quirós, presidente da Investe São Paulo. A meta da agência, declara, é ampliar a participação das energias renováveis dos atuais 53,5% para 69% da matriz paulista até 2020.

Até onde foi apurado pela equipe de O Vidroplano, a BYD será a terceira fabricante de painéis fotovoltaicos a se instalar na Região Metropolitana de Campinas, onde as empresas Tecnometal e Globo Brasil Indústria de Painéis Solares já têm suas respectivas unidades instaladas.

Tecnologia avançada 
Além dos painéis fotovoltaicos convencionais, a BYD também pretende fabricar, em território nacional, o Módulo 2.0. “Trata-se de módulos em que o vidro é aplicado nas duas faces da célula fotovoltaica”, explica Adalberto Maluf, diretor de Relações Governamentais e Marketing da BYD Brasil. “É uma tecnologia inovadora, mais resistente a degradações, com custo competitivo e alta capacidade de geração de energia.”

Oportunidades 
Está claro que o nosso material será um elemento importante nos painéis fabricados pela BYD. Mas de onde ele virá? Maluf avisa: “Nosso objetivo é escolher uma companhia nacional que possa fabricar os materiais que utilizaremos em nossa linha de produção, uma vez que a logística de vidros é muito difícil e precisamos de fornecedores locais”.

A multinacional iniciará contato com as fabricantes nacionais para verificar a possibilidade de encontrar vidros que atendam as especificações tecnológicas necessárias (veja mais no boxe sobre o módulo) e que ofereçam custos competitivos. “O mercado de painéis solares crescerá muito nos próximos meses, devido aos leilões de energia do governo e à busca por geração descentralizada de energia”, aponta. “Quem entrar desde cedo nesse mercado terá vantagens competitivas no futuro e um enorme campo para ser explorado.”



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