Vidroplano
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Obra nacional é destaque no terceiro dia da Arena de Conteúdo

14/06/2024 - 21h02

A palestra principal do terceiro dia de programação da Arena de Conteúdo teve como keynote speaker o arquiteto Isaac Safdie, associado sênior do escritório Safdie Architects. E embora Safdie tenha iniciado sua apresentação mostrando alguns de seus trabalhos em diferentes partes do mundo, o principal projeto abordado foi o Centro de Ensino e Pesquisa da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, localizado na cidade de São Paulo.

Isaac Safdie destacou que um dos principais temas presentes nos projetos do Safdie Architects é a conexão da arquitetura com a natureza, integrando as obras à vegetação e ao céu que as cercam Foto um caso bastante marcante é o Aeroporto Changi de Singapura, e Safdie observou que a experiência obtida com esse trabalho teve grande contribuição para o centro de ensino e pesquisa construído em São Paulo, primeiro projeto do escritório no Brasil.

Segundo Safdie, a inspiração para a grande abóbada de vidro que cobre todo o complexo em questão foi a busca pela sensação de estar abaixo da copa de uma árvore cujas folhas filtram a luz do Sol. Para alcançar essa sensação, os painéis de vidro compondo as três grandes esferas que se intersectam para formar o skylight têm em sua superfície uma serigrafia para o sombreamento. Falando nesses painéis, eles foram feitos com vidros insulados com a inclusão de uma membrana acústica.

O vidro presente não só na abóbada mas também nos fechamentos externos e internos do complexo proporcionam uma sensação de integração entre os espaços, salas e corredores, bem como entre a edificação e a natureza presente tanto do lado de fora como do lado de dentro, com a ampla vegetação plantada no interior da obra e que foi florescendo ao longo de sua construção.

Para Isaac, um momento de grande satisfação foi ver a chegada dos estudantes ao centro de ensino e pesquisa: “Eles entraram e fizeram dessa edificação a casa deles”, celebrou o arquiteto, concluindo: “O arquiteto faz a obra, mas a experiência desses espaços só pode ser realmente apreciada por aqueles que vivem nela.”

Foto: Marcos Santos e Meryellen Duarte



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