10/01/2019 - 12h10

A produção industrial brasileira registrou alta de 0,1% em novembro, na comparação com outubro. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira, dia 8. Apesar do crescimento mínimo, após quatro meses seguidos de queda, esse é pior novembro da indústria desde 2015. Na época, houve recuo de 2%. Em 2016 e 2017, no mesmo mês, a alta foi de 0,6%.

Mesmo com um segundo semestre fraco, o índice acumulado do ano (de janeiro a novembro de 2018) é positivo: a produção industrial cresceu 1,5%. O desempenho da indústria de transformação no mesmo período é ligeiramente melhor, de mais 1,6%. Para facilitar a comparação, durante todo o ano de 2017 a indústria cresceu 2,6% — contra 2,3% dos transformados.

O mau desempenho do segundo semestre, segundo o instituto, deve-se principalmente a questões já superadas, como os impactos da greve dos caminhoneiros, em maio passado; e a incerteza política durante o período eleitoral, que minimizou investimentos e o consumo. Jogaram contra também a crise nas exportações de produtos brasileiros e o mercado de trabalho ainda deteriorado.

Otimismo para 2019
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou recentemente projeções para a economia brasileira neste ano. Dentre elas, estima um salto de 2,7% no Produto Interno Bruto (PIB) e crescimento de 3% na produção industrial. Além disso, aposta em aumento de 6,5% nos investimentos dos empresários.

O bom humor da classe também pôde ser percebido no Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no dia 27 de dezembro. Houve alta de 0,5 ponto na comparação com novembro, chegando a 94,8 pontos no último mês do ano. Antes, em novembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), pesquisa trimestral da CNI, também trazia bons sinais, registrando otimismo recorde.