Vidroplano
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VidroCast debate como ser rentável no mercado vidreiro

09/08/2024 - 16h28

O novo episódio do VidroCast busca discutir como ser rentável em um mercado tão competitivo como o vidreiro. Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, conversou com dois convidados especiais: Flávio Málaga, Ph.D. e Mestre em Finanças pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA/USP), com MBA pela Boston University; e Victor Villas Casaca, presidente do Sindicato das Indústrias de Beneficiamento e Transformação de Vidros e Cristais Planos do Estado de São Paulo (Sinbevidros) e vice-presidente da Abravidro.

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Flávio Málaga apontou que a performance de uma empresa é avaliada com base em três indicadores que estão conectados entre si: rentabilidade, geração de caixa e risco financeiro. “Uma empresa que tem um bom modelo de negócios gera lucro e é rentável; se ela é lucrativa, esse lucro direciona a geração de caixa; e, se ela gera caixa, precisa de menos fontes externas de capital, como bancos, e assim tem menos risco financeiro”, explicou o especialista.

Por isso, ele orientou que os gestores conheçam não apenas o fluxo de caixa consolidado das suas empresas, mas também as métricas separadas que o compõem, para identificar eventuais problemas. A recomendação foi compartilhada por Victor Casaca: “A variação de caixa é algo muito difícil de entender. As pessoas muitas vezes não entendem por que o lucro não vira caixa ou por que o caixa da empresa diminuiu se o lucro aumentou”, observou o presidente do Sinbevidros. Segundo ambos, se uma empresa for intensiva em capital de giro, como o caso daquelas “prensadas” entre grandes clientes e grandes fornecedores, quanto mais elas crescem, mais capital será necessário para continuarem suas operações – ou seja, o aumento das vendas nem sempre é sinal de que o negócio vai bem.

Na guerra de preços, todos perdem
O bate-papo abordou outros temas importantes para as empresas vidreiras e que frequentemente geram dúvidas, como a definição da política de preço a ser adotada, a importância de tomar decisões com base em dados e a busca por estratégias em mercados altamente competitivos e num momento de baixa demanda, como é o caso do mercado vidreiro. “O importante é você poder calibrar a estratégia de precificação de acordo com o perfil do seu cliente e com os seus custos – o grande problema é quando você trabalha com capacidades ociosas e o mercado passa por uma briga de preços”, alertou Málaga. Casaca, que acompanha de perto o setor, concordou que essa prática tem reflexos péssimos para a cadeia como um todo: “Algo que seria pontual acaba virando recorrente, e a gente entra numa espiral negativa sem fim, muito por conta da falta de conhecimento financeiro, que leva a empresa a querer acompanhar o concorrente até a última gota, sem perceber quando o negócio já se tornou um prejuízo”.

Houve ainda espaço para comentar as diferenças entre empresas de gestão familiar – bastante comuns no nosso setor – e aquelas de gestão executiva. Para Málaga, ambos os tipos de gestão são válidos, não havendo um que seja melhor que o outro. Contudo, ele deixou uma recomendação para as empresas familiares: “Assim como qualquer outra empresa, elas precisam ter uma gestão cada vez mais profissionalizada, cada vez mais qualificada. Também é necessário que os gestores saibam deixar seus problemas pessoais de lado e focar na sustentabilidade do negócio, porque é ele que sustenta a família”, orientou.

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