Vidroplano
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Abravidro e Cebrace participam de palestra online da Afeal

04/06/2020 - 12h47

Ontem (3/6), a Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal) organizou a palestra online Utilização correta dos vidros de segurança em esquadrias. O evento trouxe apresentações de Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, e Luciana Teixeira, coordenadora de Trade Marketing da Cebrace.

Em sua introdução, Clélia fez uma apresentação institucional da Abravidro e do papel que a associação desempenha desde 1998 como sede do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), organizando as reuniões do órgão e atuando na divulgação das normas para todo o setor vidreiro nacional. Em seguida, explicou que, segundo definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), somente podem ser considerados vidros de segurança aqueles cujo processamento de fabricação reduz os riscos de ferimentos em caso de quebra, como o laminado, o aramado e o temperado.

Em seguida, a analista da Abravidro falou sobre a principal norma para o setor vidreiro no Brasil, a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Além de estabelecer o vidro adequado para cada vão a ser fechado na construção civil, essa norma também determina a metodologia do cálculo de espessura das peças, bem como requisitos e recomendações para seu transporte, armazenamento, calços e folgas na instalação, entre outros quesitos.

Ao falar sobre guarda-corpos, Clélia apresentou um vídeo de ensaio do sistema, mostrando que não basta usar o vidro correto (laminado, aramado ou insulado composto por um dos dois tipos citados): é preciso que todos os componentes sejam especificados e fixados de forma adequada.

No caso de fachadas, peças aplicadas a até 1,10 m de altura, sem desnível entre os espaços separados por elas, devem ser laminadas, aramadas ou insuladas compostas por pelo menos um dos tipos citados — no pavimento térreo, o temperado também é permitido. Acima dessa altura, além do laminado, aramado, temperado e insulado, podem-se usar também vidros float ou impressos, desde que eles estejam encaixilhados ou colados em todo o seu perímetro.

Já em aplicações projetantes móveis, como janelas maxim-ar, os vidros laminado, aramado e insulado (que leve um dos dois outros tipos citados na sua face voltada para o interior do ambiente) podem ser usados em qualquer andar; o temperado pode ser autoportante no térreo e no 1º pavimento. Porém, acima disso, deve ser totalmente encaixilhado e com projeção máxima de 250 mm. Vidros float ou impressos, em qualquer pavimento de uma aplicação projetante móvel, devem ser totalmente encaixilhados ou colados em todo o seu perímetro, com projeção máxima de 250 mm, e sua área não pode exceder 0,64 m².

Em todos os casos, Clélia enfatizou a importância do cumprimento das normas técnicas, apontando que a aplicação incorreta do vidro pode causar perdas irreparáveis, com acidentes graves e até fatais.

Unindo a segurança ao conforto
Clélia falou também sobre envidraçamento de sacada, o qual deve ser feito com vidros laminados ou temperados. Ela ressaltou que, antes de sua instalação, deve-se sempre verificar se o cálculo estrutural do prédio suporta tanto o peso adicional do sistema como o das cargas adicionais que podem ser acrescentadas ao ambiente que será fechado (como móveis).

Para esse tipo de aplicação, a analista de Normalização da Abravidro comentou que a NBR 7199 recomenda o uso de vidros de controle solar, de forma a manter o conforto térmico dentro do ambiente — a norma também faz essa recomendação para o uso de vidros em fachadas e coberturas.

Luciana Teixeira aproveitou para apresentar o catálogo de peças de controle solar da Cebrace, destacando as possibilidades de segurança para eles. O Emerald (com aspecto visual esverdeado) e o Reflecta (metalizado ainda no processo de fabricação), por exemplo, podem ser temperados, laminados ou insulados sem nenhum problema, assim como os vidros da linha Habitat, voltada para o mercado residencial. Já na família Cool Lite, ela explicou que os produtos Cool Lite BR não podem ser temperados, sendo usados como laminados, enquanto as linhas Cool Lite K e Cool Lite SK, precisam ser laminados ou insulados com sua superfície revestida voltada para o interior do sistema (seja a interlayer do laminado ou a câmara interna do insulado).

As apresentações e as perguntas recebidas do público no final da palestra foram mediadas por Antonio Edson Limeira Junior, responsável pelo Departamento da Qualidade da Afeal, o qual agradeceu a participação das convidadas e destacou que o conhecimento e cumprimento das normas são muito importantes tanto para a segurança do usuário final como para a tranquilidade dos fornecedores de esquadrias.



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