Vidroplano
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CNI projeta altas na construção e indústria de transformação

23/04/2024 - 20h21

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê alta de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, bem como crescimento de 2,1% para o PIB industrial para este ano. A expectativa da confederação é que o crescimento seja mais equilibrado entre os setores, com aumento de 2% da Indústria da Construção e 1,7% da Transformação, diferentemente de 2023, quando ambos os segmentos, diretamente relacionados ao setor vidreiro, registraram queda.

As projeções estão presentes no Informe Conjuntural elaborado pela entidade sobre o primeiro trimestre do ano, realizado por economistas levando em conta o cenário econômico no qual a indústria brasileira está inserida.

Construção
No caso da Indústria da Construção, a estimativa é que ela seja beneficiada por programas do governo: além da queda de juros, a regulamentação do programa Minha Casa, Minha Vida e o avanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão estímulos para o setor. 

As projeções vêm em boa hora, já que empresários da indústria da construção registraram insatisfação com as condições financeiras no primeiro trimestre de 2024, segundo outro estudo da CNI, a Sondagem Indústria da Construção. Na transição do último trimestre de 2023 para o primeiro deste ano, o índice de satisfação com a situação financeira recuou de 50,3 para 47,3 pontos (3,0 pontos). Valores acima de 50 pontos mostram satisfação e valores abaixo dos 50 apontam insatisfação.

 “Mesmo com as seis quedas sucessivas na Selic, o empresário da construção ainda considera as taxas de juros altas, apontando esse problema dentre os três principais. Isso, provavelmente, está afetando as condições financeiras, que pioraram no trimestre”, explica Paula Verlangeiro, economista da CNI.

Indústria de transformação

Já no caso da Indústria da Transformação, a previsão é que ela voltará a crescer depois de dois anos em queda: essa alta é esperada pelo aumento da demanda por produtos industriais, em decorrência do crescimento da massa de rendimentos e da expansão do crédito.

Apesar da melhora para o setor industrial, a CNI ressalta que os efeitos do aumento da demanda sobre a atividade do setor poderiam ser maiores, não fosse o direcionamento de parte dessa demanda para produtos importados.

Produção industrial retoma o crescimento e emprego segue em alta

Vindo ao encontro das projeções do Informe Conjuntural do primeiro trimestre de 2024, a Sondagem Industrial de março mostra que houve expansão do emprego em um período em que é esperado que haja queda nas grandes e médias indústrias. A pesquisa, também realizada pela CNI, entrevistou 1576 empresas de pequeno, médio e grande porte no começo de abril, a fim de abordar o desempenho da indústria, as condições financeiras, os principais problemas e as expectativas desse segmento.

Segundo o levantamento, o indicador de evolução de produção marcou 51 pontos no terceiro mês deste ano, diferentemente de fevereiro, quando estava em 48,5. Por sua vez, o índice de evolução do número de empregados atingiu 50,4 pontos em março e segue dois pontos acima da média para o período do ano.

Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, explica que a indústria começou 2024 com o mercado de trabalho aquecido e as pesquisas mostram que essa tendência continua – entretanto, apesar das altas na produção e no emprego, Azevedo ressalta que a demanda interna ainda é um problema para os empresários industriais.

Crédito da imagem: Freepik/senivpetro



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