01/04/2019 - 11h53

Usinas vidreiras que possuem unidades fabris na região da Rodovia Presidente Dutra — AGC e Cebrace operam ali — enfrentam dificuldades no recebimento de barrilha (uma das matérias-primas para a fabricação do vidro) desde o dia 11 de março: um deslizamento na Rodovia Rio-Santos limitou a passagem pelo Km 116, entre os municípios paulistas de São Sebastião e Caraguatatuba.

Desde então, apenas caminhões de 23 toneladas têm recebido permissão para trafegar pelo trecho danificado — o transporte da barrilha, que chega da Espanha, Estados Unidos e Turquia ao País pelo porto de São Sebastião, é feito com carretas de 45 toneladas.

Para contornar a restrição, de acordo com reportagem de O Estado de S. Paulo publicada no último domingo, o setor tem feito transferências entre veículos para conseguir transportar o material. Com isso, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), as usinas têm recebido o equivalente a 30% do volume habitual de barrilha, estoque insuficiente para uma semana de produção. A reportagem do jornal afirma que, enquanto a situação não se normaliza, as empresas consideram a possibilidade de fabricar cacos só para manter os fornos em operação, já que eles não podem ser desativados.

De acordo com informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), as obras para restauração do trecho danificado da Rio-Santos devem se estender por três meses.

Nossa reportagem entrou em contato com AGC e Cebrace para levantar informações e, caso haja algum posicionamento, atualizaremos esta notícia.