Vidroplano
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Sustentabilidade é debatida na Glasstec Virtual

22/10/2020 - 13h59

Está acontecendo até quinta-feira (22), neste link, a primeira Glasstec Virtual, edição digital da Glasstec, a principal feira vidreira do mundo – cuja versão física, a ser realizada em Düsseldorf, Alemanha, foi adiada para 15 a 18 de junho de 2021. O tema mais comentado pelas palestras técnicas de quarta-feira (21) foi a busca da indústria pela sustentabilidade e por menor desperdício de recursos.

 

Soluções verdes
Após uma rodada de apresentações voltadas para o processamento, em que algumas empresas (como Tyrolit, IPGlass e Glaston) demonstraram produtos que prometem aumentar a produtividade e diminuir gastos, incluindo rebolos para vidro automotivo e tecnologias para lapidação, ocorreu uma mesa-redonda a respeito do mercado de vidro oco.

Mas o destaque do dia acabou sendo a rodada seguinte, que abordou a fabricação do float sob um ponto de vista sustentável. Bernhard Fleischmann, da alemã HVG, apontou caminhos para uma menor emissão de gás carbônico (CO2) durante a produção.

De acordo com dados apresentados, a emissão de gases poluentes por parte de toda a indústria vidreira da Alemanha teve, no ano passado, o menor nível desde 2012. No entanto, o segmento de float é a mais poluente em relação aos demais (oco, fibra de vidro etc.). Com a busca por um setor mais verde, isso se tornará prioridade para as empresas em um futuro próximo.

Segundo Fleischmann, o CO2 liberado na produção vem das fontes de energia que alimentam os fornos (combustível, gás natural) e também de algumas matérias-primas (como a dolomita). Para resolver isso, indicou possíveis saídas:

• A troca de gás natural por combustíveis sintéticos, como metano ou etanol;
• A substituição de combustíveis por hidrogênio;
• Apostar em energia renovável para fornos híbridos.

O ideal seria usá-las de forma combinada, já que cada uma possui certas limitações.

 

Fornos híbridos
Na sequência, Edward W. Ferreira, da Toledo Engineering Company (TECO), abordou a possibilidade de uso de fornos que também funcionam com eletricidade. Segundo ele, esses equipamentos 100% elétricos são uma possível solução para as metas envolvendo pegadas de carbono, uma vez que suas emissões são somente oriundas da própria carga produzida. Além disso, a eletricidade permite alta eficiência de produção e ajuste fácil do fluxo de energia.

Foram mostradas também as diversas vantagens desse equipamento, como a uniformidade do vidro produzido, a manutenção e operação mais fáceis, e o custo capital mais baixo, além das já citadas como a emissão de CO2 evitada e a alta eficiência.

No entanto, ressaltou algumas desvantagens, como os custos com eletricidade e a menor confiabilidade no fornecimento de energia com o risco da queda da eletricidade. E reforçou: atualmente, ainda não há como avaliar a viabilidade desses maquinários.

 

Cobertura
Acompanhe a cobertura da Glasstec Virtual em nossas redes sociais. A reportagem com todos os destaques da feira estará disponível na edição de novembro de O Vidroplano.



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