24/11/2014 - 00h00

No final de outubro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou o 6º Leilão de Energia de Reserva. Esses leilões servem para aumentar a segurança no fornecimento de energia elétrica. Ou seja, contrata-se energia adicional à que o sistema tem capacidade de gerar para reduzir os riscos de desequilíbrio entre a oferta e a demanda. A boa notícia é que o 6º leilão atraiu investimentos da ordem de R$ 7,1 bilhões para a construção de 31 usinas solares. A previsão é que, a partir de 2017, os empreendimentos terão capacidade para gerar 889,6 MW.

Diante desse resultado, empresas especializadas tanto na geração de energia solar como na produção de painéis fotovoltaicos voltam seus olhos para o nosso país, conforme publicou o Valor Econômico na semana passada.

A geração de energia solar, além de ser uma das mais sustentáveis, é boa para o nosso setor, que tem a ótima oportunidade de gerar novos negócios e de atuar em um novo nicho de mercado. Isso porque o nosso material é utilizado nos painéis para proteger as células fotovoltaicas, que geram esse tipo de energia. Normalmente, utiliza-se vidro com baixo teor de ferro (extra clear).

Parte dos investidores e das empresas fabricantes de painéis que querem se instalar no Brasil quer ter acesso ao crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, em contrapartida, exige o uso de conteúdo nacional na obra e produção de equipamentos. Aí está a oportunidade para os vidreiros nacionais.

Vale ressaltar que o vidro com baixo teor de ferro já é disponibilizado no Brasil pela indústria de base vidreira, sendo, inclusive, fabricado no País.

Aliás, as boas notícias não param de chegar: a Aneel realizará, no final de novembro, mais um Leilão de Energia de Reserva. A agência conta com 179 projetos de energia solar habilitados, com oferta total de 4,872 MW.

Clique aqui e leia a reportagem sobre energia solar no Brasil, publicada na edição de maio de O Vidroplano.