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ConstruBusiness aponta caminhos para o crescimento do setor no Brasil

01/11/2023 - 14h27

No dia 30 de outubro, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) realizou o 15º Congresso Brasileiro da Construção (ConstruBusiness), encontro que reuniu na sede da entidade, em São Paulo, lideranças setoriais, autoridades e especialistas para o debate de temas considerados vitais para o setor. A Abravidro foi representada por Iara Bentes, superintendente da entidade.

O evento, tido como um dos principais para o segmento da construção civil, transmitido ao vivo pelo canal da Fiesp no Youtube, apresentou os temores e os pontos considerados fundamentais para o desenvolvimento da cadeia nos âmbitos da reforma tributária, déficit habitacional e investimentos públicos.

Segundo análise de Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, a indústria da construção civil tem competência para reduzir o déficit habitacional no Brasil, cuja carência atinge um patamar entre 5 milhões e 7 milhões de unidades. Na visão dele, para a retomada dos bons resultados, é preciso um trabalho conjunto com foco na redução de impostos e desburocratização, além da necessária consonância entre os investimentos público e privado na infraestrutura.

Atualmente, os investimentos do País no setor são de, aproximadamente, R$ 130 bilhões. Dados apresentados pela Associação Brasileira da Indústria de Base (Abidib) demostram que o Brasil precisaria investir R$ 350 bilhões por ano durante a próxima década para levar o estoque de capital de infraestrutura ao patamar do passado.

De acordo com o estudo, o mesmo processo ocorre com a indústria de transformação, cujos investimentos atuais, de cerca de R$ 260 bilhões, são insuficientes diante dos R$ 450 bilhões ao ano investidos na época em que a produtividade brasileira tinha como referência a indústria de transformação norte-americana.

Segundo o levantamento elaborado pela Fiesp, a necessidade de investimentos no setor atingiu o menor valor em vinte anos e a tendência é seguir em queda caso nada seja feito.

A burocracia é outro grande entrave. Uma pesquisa realizada pela Deloitte, empresa de auditoria, consultoria empresarial e tributária, concluiu que as disfunções burocráticas no Brasil tendem a encarecer em R$ 59,1 bilhões os investimentos programados no período de 2023 a 2025.

Eduardo Capobianco, presidente do Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp, disse que a diferença de tratamento entre os diversos setores industriais fez com que a discussão sobre a reforma tributária levasse um tempo a mais do que devia, inclusive dentro da própria entidade. Para ele, a reforma é um caminho confiável para alcançar a isonomia, pois quanto maior a tributação, mais caro ficam os produtos para o consumidor final.



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