Vidroplano
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Panorama do setor vidreiro: levantamento inédito e exclusivo

24/07/2012 - 00h00

A edição de maio de O Vidroplano trouxe um exclusivo panorama do setor vidreiro, com números inéditos sobre o desempenho do mercado nacional. A Abravidro, além de disponibilizar o material na versão online da revista, agora também o faz aqui no site. Veja a seguir todos os detalhes da Pesquisa Abravidro – GPM Consultoria.


Resultados
A apuração, que teve o apoio da GPM Consultoria Econômica – por meio dos professores Sérgio Goldbaum e Euclides Pedrozo Júnior –, foi encerrada no mês de março e contou com a participação de 43 empresas. “Conforme relatado pelos economistas, comparando-se o volume de faturamento da amostra com a Pesquisa Industrial Anual (PIA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o nosso trabalho representa 25% do mercado de processamento de vidros planos”, declara Alexandre Pestana, presidente da Abravidro.
O estudo se completou com informações das indústrias de base divulgadas em entrevistas à revista O Vidroplano e dados oficiais de importação e exportação fornecidos por produto pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


Uma grande cadeia
A cadeia vidreira se inicia na extração de minerais, que abastecem as usinas de base com matérias-primas. Estas fabricam chapas de vidro plano em tamanhos padronizados, em quatro cores (incolor,verde, bronze e fumê) e em espessuras de 2 a 19 mm. Para que possam ser aplicadas em seu destino final, essas chapas passam por transformação na indústria de processamento de vidro (corte, lapidação, têmpera, laminação, curvação, serigrafia e insulamento, entre outros). A partir daí, seguem para as indústrias da construção civil (vidraçarias e construtoras), automotiva (montadoras), moveleira (fabricantes de móveis), linha branca (fabricantes de eletrodomésticos) e decoração.



 


Crescimento na produção
Os investimentos anunciados e já em andamento permitem concluir que, no intervalo de apenas seis anos (2008-2014), a produção de vidros planos no Brasil terá crescido 128%, saltando de dois para quatro produtores de vidro float. O crescimento é consequência direta do crescimento do mercado interno. O aumento da concorrência entre os produtores nacionais naturalmente irá contribuir com a evolução no nível de serviços prestados, o que, certamente, proporcionará maior desenvolvimento de mercado.



 


Comércio exterior
O saldo da balança comercial vidreira de 2011 fechou negativo em 509.829 t. Isso significa que, depois de descontarmos todo o vidro brasileiro vendido ao exterior, entrou em nosso País no ano passado um volume superior à capacidade produtiva de dois fornos de vidro float tamanho padrão (600 ton/dia).


Os números do primeiro trimestre de 2012 confirmam a tendência de manutenção desse volume, impondo forte concorrência à indústria nacional. Apesar de o gráfico considerar todos os vidros planos (matéria-prima e vidros processados), as importações de vidros processados crescem em progressão geométrica, ameaçando no médio prazo os altos investimentos realizados pela indústria.



 


Consumo ‘per capita’
O conceito de consumo aparente corresponde à produção nacional de um produto acrescido das importações e subtraindo-se as exportações, ou seja, não considera a oscilação no volume dos estoques. O volume de 8,73 kg por habitante em 2011 pode parecer alto, mas mostra uma alternativa para a temida oferta excessiva de vidros no mercado em 2014.



 


Consumo por produto
Depois de anos seguidos se falando em agregar valor ao vidro, em 2011, 67,4% do vidro plano no Brasil sofreu processamento. A evolução desse número num ritmo acelerado – a participação dos vidros processados cresceu 16% apenas em 2011 – indica que segurança, conforto, estética e sustentabilidade, aos poucos, passam a fazer parte dos vidros utilizados no País.



Participação por produto em 2011:



 


Vidros processados
Em 2011, a indústria de transformação arrecadou R$ 3.654.052.279,00, um crescimento de 12,48% em relação a 2010. Esse levantamento não inclui os vidros automotivos, que, por ser um mercado extremamente concentrado, não teve amostra expressiva.



 


Empregos gerados
O setor de processamento de vidros empregou, em 2011, 30.387 trabalhadores. O total de empregos diretos envolvidos na cadeia produtiva vidreira é muito mais relevante quando consideramos sua ponta, os vidraceiros.



 



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