09/01/2014 - 00h00

O momento aguardado por todo o setor aconteceu: a Vivix acendeu seu forno localizado na cidade de Goiana (PE), o primeiro do País com capital 100% nacional. O fato histórico ocorreu nesta manhã em cerimônia restrita aos acionistas do Grupo Cornélio Brennand, executivos e colaboradores. O evento de inauguração da fábrica está previsto para a segunda quinzena de março.

“O acendimento do forno é um momento histórico para a Vivix. Muito em breve, estaremos produzindo vidros planos da única indústria do setor 100% brasileira, fato que muito nos honra”, afirmou o presidente Paulo Drummond durante a solenidade. O processo de aquecimento do forno durará cerca de vinte dias, quando finalmente alcançará a temperatura adequada para a fusão do vidro. A partir daí, serão produzidas 800 toneladas/dia do material. Após três meses de operação, a capacidade plena da planta será atingida: 900 toneladas/dia.

Expectativa pelo acendimento
Em abril de 2010, quando da assinatura do protocolo de intenções com o governo de Pernambuco, a previsão de inauguração era para o segundo semestre de 2012. Na cerimônia que comemorou o início da construção da planta, dois anos depois, no dia 15 de março de 2012, estimava-se que a fábrica ficaria pronta em julho de 2013.

Em 8 de novembro do ano passado, durante visita promovida pela própria Vivix às instalações de Goiana, Drummond (foto) revelou que, apesar de tudo estar pronto para o acendimento do forno ainda no fim daquele mês, iria postergar o início das operações para 6 de janeiro, segunda-feira passada. Por fim, hoje, após muita expectativa, ocorreu o momento simbólico.

Em seu discurso na solenidade de abertura do 11º Simpovidro, Drummond comentou que a capacidade do forno foi aumentada. Isso explica os seguidos adiamentos para o acendimento e traz uma mensagem ao setor: a Vivix irá produzir muito vidro, atendendo às demandas do presidente da Abravidro, Alexandre Pestana, por um maior abastecimento do produto no mercado.

Informações sobre a planta
A planta da Vivix, acesa por Cornélio Brennand (foto), possui área construída de 90 mil m², onde se fabricarão vidros planos incolores e coloridos, pintados, laminados e espelhos. Cerca de 410 empregos diretos e mais de 1.500 indiretos deverão ser gerados com o início da produção.

A preocupação com o meio ambiente foi uma constante durante a concepção da unidade. O forno irá operar com uso de gás natural, mas também está pronto para receber ar propanado e óleo combustível. “Isso nos permite uma fácil adaptação às políticas econômicas e energéticas do País”, comentou o diretor industrial Odir Perazzi. A tecnologia Low Energy Melter (L.E.M.), inédita no Brasil até hoje, é outro diferencial, pois reduzirá as emissões de poluentes atmosféricos causadores do efeito estufa. Vale citar ainda o moderno sistema de reuso integral de água e aproveitamento de águas das chuvas.

Outra novidade pode ser encontrada no método mine to line de fabricação, que consiste em produzir a partir da extração das matérias primas em minas próprias. Isso explica a construção de uma usina de beneficiamento no município de Pedras de Fogo (PB). Ali, serão beneficiados sílica, feldspato, dolomita e calcário. “Entendemos que a qualidade do produto está diretamente relacionada com a qualidade dos insumos. Desta forma, teremos total controle do processo”, explicou Drummond.