Caleidoscópio – fevereiro 2020

20/02/2020 - 14h37

DADOS & FATOS

Propostas para a indústria
Na esteira do mau desempenho da indústria em 2019, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) propôs ações para tornar o setor mais eficiente no Brasil: sanar o sistema tributário, melhorar o ambiente de negócios, renovar e ampliar a infraestrutura, impulsionar a exportação de produtos manufaturados e investir em inovação.

2011-2020

Década perdida
Para o Iedi, por melhor que sejam os números do setor industrial em 2020, a atual década já pode ser considerada perdida: de 2011 a 2019 o segmento recuou 15%. Bens de capital (-28%) e bens de consumo duráveis (-21%) são os macrossetores que mais sofreram.

 

Olhando pra frente
O Índice de Confiança da Indústria da Fundação Getúlio Vargas (FGV) teve alta de 1,5 ponto de dezembro de 2019 para janeiro deste ano. Com o resultado, o indicador chegou a 100,9 pontos, o maior valor desde março de 2018. O que mais contribuiu para o resultado foi a avaliação sobre a evolução do ambiente de negócios nos próximos seis meses. Segundo a FGV, o ânimo dos empresários costuma melhorar no primeiro semestre.

 

Linha branca em alta
Consumidor de vidros planos, o segmento de linha branca (representa, principalmente, a produção de máquinas de lavar, refrigeradores e fogões) apresentou crescimento de 7,8% em 2019. Em 2018 o segmento andou de lado: evoluiu apenas 1%. Os números absolutos indicam a produção de 15,8 milhões de unidades destes produtos em 2019, contra 14,6 milhões em 2018.

 

FIQUE POR DENTRO

Assim nasce uma norma
Como a capa desta edição trata da publicação de uma norma, vale explicar: você sabe como são feitas as normas técnicas?

Apresentação da demanda
O processo tem início com a apresentação de uma demanda por qualquer pessoa, empresa, entidade ou organismo regulamentador envolvidos com o assunto. A partir daí, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) analisa a pertinência do tema e, sendo viável, encaminha o assunto ao comitê técnico correspondente para inserção em seu Programa de Normalização Setorial (PNS) — no caso dos vidros planos, o ABNT/CB-37, sediado na Abravidro.

 

Discussão e produção

O assunto deve ser amplamente debatido dentro das comissões de estudo, com participação aberta de todos os interessados. Com o consenso dos envolvidos sobre o tema, é redigido um projeto de norma.

 

Consulta nacional e publicação
O projeto é submetido à consulta nacional. Nesse momento, qualquer interessado pode examinar o texto e emitir considerações. O processo é todo digital, feito no site da ABNT — a relação dos projetos de norma em consulta nacional também é publicada no Diário Oficial da União.

Todos os comentários são debatidos e respondidos pela comissão e quem emite opiniões durante a consulta nacional é convidado para participar da reunião de análise. Por fim, as sugestões aceitas são consolidadas no projeto de norma, o qual é homologado e publicado pela ABNT.

 

RETROVISOR

Há seis anos, anunciávamos outra norma
Na edição que traz detalhes sobre a recém-publicada “Norma do vidraceiro”, vale lembrar de algo que parece que foi esses dias, mas que completa aniversário de seis anos.

A edição de fevereiro de 2014 destacava na capa a reportagem sobre a NBR 16259 — Sistema de envidraçamento de sacadas – Requisitos e métodos de ensaio. O texto tinha acabado de entrar em vigor e era a primeira norma do mundo sobre a instalação.

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 566 (fevereiro de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.