Vidroplano
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Elegância na entrada e na saída

18/02/2016 - 16h43

Este texto foi originalmente publicado na edição 518 (fevereiro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

 

Presentes em vários projetos de arquitetura, principalmente em edifícios corporativos e hospitalares, as portas automáticas de vidro se destacam pela estética clean, por ajudar na integração entre o ambiente interno e externo e até mesmo pela sustentabilidade.

A equipe de O Vidroplano conversou com empresas especializadas nesse produto. Para elas, o segmento possui enorme potencial de crescimento, mesmo em época de crise econômica. Portanto, está na hora de explorar melhor essa solução.

Para ajudá-lo, a seção “Para sua vidraçaria” deste mês mostra os benefícios do produto, apresenta os modelos disponíveis no mercado, explica as tecnologias aplicadas às portas e dá dicas espertas para a especificação, instalação e manutenção. Aproveite e use no seu negócio o que você ler a seguir!

 

Benefícios aos montes
O investimento em uma porta automática é alto, mas seus benefícios são únicos: nenhuma outra solução semelhante no mercado possui tanta tecnologia e oferece tamanha praticidade. Não faltam argumentos para convencer um cliente a comprar esse produto, como se pode ver a seguir.

Praticidade e facilidade de acesso
A característica mais óbvia das portas automáticas é dispensar a abertura e fechamento manuais. Além disso, facilitam o acesso de pessoas com necessidades especiais, algo importante para projetos em locais com grande circulação de pessoas.

Economia de energia
Em ambientes com ar condicionado, ajudam a reduzir de forma considerável os custos de energia elétrica. Como não ficam abertas a todo o momento, fazem com que a temperatura do ambiente fique estável. Isso reduz a necessidade de manutenção dos equipamentos de climatização.

Segurança e isolamento de ambientes
Possibilitam o controle de acesso por meio de sistemas como biometria, controle remoto, teclado de senha ou cartões.

Limpeza
Garantem a assepsia dos próprios vidros instalados (afinal, não são manuseados), assim como do ambiente interno. Instaladas em restaurantes, supermercados e farmácias, por exemplo, minimizam a necessidade de limpeza de gôndolas e prateleiras.
Uma solução para cada obra: como projetar
Convenceu o cliente sobre as vantagens de instalar o produto? Ótimo, então chegou a hora de especificar a porta. Anote estas dicas:

  • Dedique a máxima atenção ao momento de medir a largura e a altura dos vãos nos quais a porta será instalada. Esses dados podem ajudar na definição do modelo a ser produzido (conheça os disponíveis no quadro “Tipos de portas automáticas”);
  • A especificação do vidro também é importante. “Qualquer que seja o modelo de porta escolhido, o vidro é elemento necessário para o sistema, sejam temperados ou laminados para folhas encaixilhadas”, afirma Dante Boccuto, diretor-comercial e de Serviços da dorma+kaba no Brasil;
  • Avalie os componentes do local em que a porta será instalada. Veja se a parede é de alvenaria ou drywall, por exemplo. São essas estruturas que suportarão o peso das portas. “Devemos respeitar os limites físicos e mecânicos do equipamento”, instrui Marcelo Silveira, gerente de Negócios da divisão Security (Portas Automáticas) da Stanley.

 

Tipos de portas automáticas
Existem tipos diferentes de portas disponíveis no mercado. Conheça-os e, assim, ofereça a melhor solução para a necessidade de seu cliente.

Deslizantes
Segundo as empresas consultadas, esse é o modelo mais instalado no mercado: tem uma boa relação custo-benefício, pois ocupa menos espaço. Possui uma ou duas folhas deslizantes que correm por trás de painéis fixos ou paredes. Modelos com caixilhos podem ser equipados com dispositivo antipânico: em caso de emergência, esse sistema permite a abertura manual total das folhas móveis e fixas — recomendado para locais de grande fluxo de pessoas;

Telescópicas
Também são deslizantes, porém possuem ao menos duas folhas que se movimentam para o mesmo lado;

Pivotantes (ou com batente)
Muito utilizadas em ambientes hospitalares e laboratórios. Podem ser instaladas após a entrega da obra: basta disponibilizar uma fonte de alimentação elétrica. Mesmo com ausência de energia, a porta pode ser operada manualmente, por meio do sistema interno de molas;

‘Folding’
Não possui partes fixas: as folhas se empilham umas às outras. É indicada para locais em que não exista espaço suficiente para que as folhas se recolham.

 

Como as portas se movimentam?
Dois tipos de sensores trabalham para realizar a abertura e fechamento.

Sensores de aproximação
Funcionam em frequência de micro-ondas, semelhante ao sonar dos morcegos: emitem um sinal que reflete no usuário da porta e retorna para o sensor, acionando o movimento. “Quanto maior a frequência desse tipo de sensor, maior sua estabilidade e sensibilidade”, revela o diretor-comercial da Vipdoor Solution, Alexandre Olivieri;

Sensores de segurança
São formados por sensores fotoelétricos infravermelhos. Resumindo, eles impedem que a porta se feche caso seja detectada a presença de pessoas ou objetos em sua área de atuação.

Observação: o acionamento pode ser feito também por outros tipos de sistemas de acesso, como botoeiras, teclados e leitores de biometria, conforme explicado no item “Benefícios aos montes”.

 

Com ou sem caixilhos?
Todos os modelos citados anteriormente podem ser instalados com caixilhos (de alumínio, inox, PVC etc.) ou sem — no caso, o vidro sustenta o próprio peso. Como escolher entre um e outro? Tudo dependerá do tipo de projeto a ser executado. Uma porta de laminados, por exemplo, será tão pesada que o melhor talvez seja usar caixilhos. Mas, assim como qualquer especificação do nosso material, não há uma regra geral. Deve-se avaliar cada caso, sempre levando em conta as indicações de normas técnicas (veja mais informações no quadro “O que dizem as normas”).

 

Tecnologia de ponta
Portas automáticas incluem soluções diversas para os mais variados tipos de projeto:

  • Freios de abertura e fechamento — proporcionam mais estabilidade nos movimentos;
  • Ajuste de velocidade para abertura e fechamento;
  • Temporizador para regulagem do tempo de abertura e fechamento;
  • Baterias e nobreaks — se faltar energia elétrica, eles mantêm a porta funcionando.

 

Manutenção é tudo!
Para uma porta automática ter qualidade, a especificação e instalação devem ser muito benfeitas. “Uma porta fabricada com excelente qualidade, mas mal-instalada, vai apresentar problemas”, explica Luiz Martinez, diretor da Motiva Soluções e representante da Vipdoor Solution.

Porém, a manutenção se mostra fundamental para aumentar a vida útil do produto. “Em alguns países, é obrigatória a existência de um plano de manutenção preventiva periódica”, afirma José Mendonça de Souza, diretor-proprietário da Tecnoport, empresa catarinense que comercializa portas com tecnologia europeia. Como em nosso país não existe tal opção, recomenda-se fazer manutenção preventiva ao menos uma vez por ano.

Quem faz a manutenção?
Algumas empresas somente fabricam ou distribuem as portas, sem se responsabilizar pelos serviços de instalação e assistência técnica.

Outras verticalizam o processo: fornecem o produto e também contratos de pós-venda. Segundo Luiz Martinez, “deve-se acionar a empresa contratada, mesmo que não seja a fabricante do produto”.

Ou seja, se você, vidraceiro, vendeu a porta ao cliente, é você quem deve ser acionado para executar a manutenção. Aí está uma ótima oportunidade para diversificar seus trabalhos, gerando novas fontes de renda com a instalação e manutenção desses equipamentos ou até mesmo criando parcerias com fabricantes e distribuidoras.

 

Fique de olho!
Dicas para uma manutenção benfeita:

  • Verifique periodicamente as folhas de vidro. Veja se estão desalinhadas ou fora de prumo por conta de impactos;
  • Se não estiverem alinhadas, diga ao cliente para interromper o uso enquanto o reparo não for realizado. Um funcionamento “forçado” pode causar desgaste em roldanas e até mesmo no motor;
  • Confira o funcionamento dos sensores para garantir a segurança dos usuários;
  • Mantenha as partes mecânicas sempre limpas e lubrificadas. Isso impede o desgaste precoce dessas peças;
  • Em caso de quebra de algum item, agende visita da empresa fornecedora para avaliação. “É possível contratar outros fornecedores no caso de a fabricante não prestar serviço de manutenção”, reforça Ravena Mello Machado, arquiteta e responsável pelo setor operacional da Manuminas, empresa mineira que comercializa portas da espanhola Manusa. Com o laudo técnico em mãos, o cliente deve ser orientado a realizar os ajustes necessários ou substituir as peças por outras originais, trabalhos que podem ser feitos por sua vidraçaria.

 

O que dizem as normas
Existem duas normas nacionais específicas sobre portas automáticas:

  • ABNT 15202 — Sistemas de portas automáticas;
  • ABNT 16025 — Sistemas de portas automáticas – Requisitos e métodos de ensaios.

A última diz que só podem ser utilizados no sistema vidros de segurança, ou seja, temperados ou laminados. Se a porta contar com esquadrias, deve-se atentar para as recomendações da ABNT 10821 — Esquadrias externas para edificações.

No momento, não é exigida nenhuma certificação compulsória no Brasil para portas automáticas. Porém, é possível requerer uma com base nas normas existentes, de forma voluntária, a partir de testes realizados em laboratórios acreditados em território nacional e no exterior. Certificações estrangeiras, aliás, estão presentes por aqui principalmente nos modelos importados.

Como ter acesso às normas
Você pode adquiri-las diretamente na ABNT:
(11) 3017-3600
www.abnt.org.br
Faça esse investimento, vale a pena qualificar a sua vidraçaria!

Importante: se você possui uma micro ou pequena empresa, poderá adquirir normas técnicas por 1/3 do valor praticado, graças ao convênio entre a ABNT e o Sebrae. Saiba mais em abntcatalogo.com.br/sebrae.

Fale com eles!
dorma+kaba — www.dormakaba.com
Manuminas — www.manuminas.com.br
Stanley — www.stanleysecurity.com.br
Tecnoport — www.tecnoport.com.br
Vipdoor Solution — www.vipdoor.com.br



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