Vidroplano
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Otimismo moderado: o discurso das usinas na abertura do 14º Simpovidro

07/11/2019 - 23h56

A cerimônia de abertura do Simpovidro é o aguardado momento no qual as usinas vidreiras brasileiras falam ao mercado, expondo suas ideias e propostas para o setor. Este ano, tivemos anúncios de novos produtos, análises econômicas e previsões para o futuro. Confira abaixo os fatos mais importantes, respeitando a ordem em que cada empresa falou durante a cerimônia:

Milagres demoram
Francesco Landi, da AGC, foi o primeiro a falar. Comentou que as expectativas econômicas eram altas para 2019, mas reforçou que milagres não ocorrem de uma hora para a outra. No entanto, agora, o País já tem sinais de uma retomada mais estrutural.

Coerência
Segundo ele, a AGC visa à criação de parcerias comerciais, sempre levando em conta o compromisso com o Brasil e a coerência nos negócios. Este ano, a empresa inaugurou seu segundo forno nacional, antecipando em quatro meses o prazo para a entrega da obra. “Cumprimos nossa palavra”, afirmou.

Novidades
Após um vídeo com o histórico e valores do grupo, Landi anunciou que, em breve, o vidro anticorrosão Luxclear e um novo refletivo serão comercializados. “Queremos crescer com vocês, respeitando todas as regras do mercado e de compliance”, constatou. “Não queremos o lucro fácil, pois apostamos em um resultado estrutural de longo prazo.”

Balanço da trajetória
A Cebrace começou mostrando um vídeo com sua trajetória de 45 anos, completada agora em 2019. Reinaldo Valu lembrou da retração de mercado ocorrida este ano, cravando: “Temos otimismo cauteloso para 2020”.

Verde e amarelo
Foram citadas as soluções de vidros criadas especificamente para o mercado brasileiro, como a linha Habitat de vidros de controle solar para residências, e também o Domo, evento voltado para arquitetos com o intuito de discutir inovação em fachadas.

Transformar a cadeia
Leopoldo Castiella, ainda pela Cebrace, afirmou que “pensar no amanhã exige estruturar o hoje”, comentando diversas ações apoiadas pela usina para a transformação da cadeia, como a questão do sistema tributário, o maior uso de vidros de segurança e a renovação do imposto antidumping para vidros float.

4.0
A importância da tecnologia 4.0 foi outro tema relevante: em 2020, espera-se que 100% das cargas da empresa sejam rastreáveis. Foram citadas também a reforma e ampliação do forno de Caçapava e a construção do C6, que virá em um momento oportuno.

Desafios constantes
Ricardo Knecht, da Guardian, afirmou que “transformação faz parte de nossa cultura”. Para explicar esse conceito, fez uma analogia da indústria vidreira com a do cinema. A Sétima Arte passou por grandes mudanças na forma de distribuir filmes: salas VIP, com tratamento diferenciado, pipocas especiais e cadeiras mais confortáveis passaram a gerar grandes receitas em comparação às salas comuns. É nisso que o nosso setor deve apostar, no valor agregado de produtos e serviços.

Vidros com tecnologia
“A Guardian vem reinventando seu portfólio e agregando tecnologia”, disse, apontando como exemplo o Espelho Guardian Evolution e o vidro de controle solar Sunlight. “Nosso compromisso é continuar buscando inovação.”

Aposta na transformação
Por fim, Knecht revelou um novo produto para uma das aplicações mais populares com vidro, o boxe de banheiro. O Showerguard é resistente à corrosão – mais informações estarão no Cine Guardian, atividade que a empresa vai realizar ao longo do Simpovidro.

Estratégia
A Saint-Gobain Glass foi representada por Marcelo Machado. Ele explicou as estratégias da fabricante de vidro impresso (ou texturizado, como prefere a empresa) em 2019, que incluíram se aproximar ainda mais dos clientes e fazer parcerias com empresas internacionais do Grupo Saint-Gobain.

Investimentos
“Ampliamos nossa equipe, assim como nosso escopo de atuação, passando a atender o setor moveleiro de alto padrão”, explicou. A ideia é entender melhor as necessidades do mercado e desenvolver novas soluções.

Impresso é tendência
Machado citou também o uso desse produto em grandes obras recentes, como a unidade do Instituto Moreira Salles na Avenida Paulista, em São Paulo, que conta com fachadas de vidro impresso.

Nova fase
O presidente da Vivix, Paulo Drummond, foi enfático: o Brasil vive um novo momento econômico e político, graças à aprovação de reformas (e o encaminhamento de outras mudanças estruturais) que sinalizam para países desenvolvidos investirem aqui. “Estamos também próximos de uma reforma tributária. A simplificação de tributos será um grande passo”, explicou.

A hora é agora
Com a Europa estagnada economicamente, tendo uma população com faixa etária alta, outros centros se mostram em alta para investimentos. O Brasil é um dos principais, já que China segue sendo uma nação fechada e outros emergentes não contam com a nossa capacidade e potencial.

Futuro tecnológico
Drummond finalizou seu discurso lembrando que a Vivix ainda é uma empresa jovem, de apenas cinco anos, mas que aposta no desenvolvimento do setor, aplicando tecnologias 4.0 em seu processo produtivo – e empresa criou uma diretoria de Inovação – de olho num futuro próspero para o mercado.

 

 



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