Vidroplano
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Fachada de escola paulistana alia vidros a brises

01/06/2021 - 12h03

Escolas são, em seu conceito mais básico, espaços para a criatividade e interação. E é justamente por esse motivo que a nova unidade da Escola Bilíngue Pueri Domus em São Paulo, localizada no bairro das Perdizes, se destaca: o projeto aplica essas ideias em sua estrutura física. Concluída no ano passado, a obra aposta na aplicação de vidro, aliado a brises, para criar uma fachada que permite luz e sombra em seus interiores ao mesmo tempo.

Ficha técnica
Autor do projeto: Perkins&Will
Local: São Paulo
Conclusão: 2020

Ensino do futuro
A escola foi idealizada para atender as demandas das metodologias de ensino modernas. “O nosso projeto alcança esse objetivo por meio de espaços que promovem acolhimento, incentivam a interação e exercitam o foco”, comenta o arquiteto Douglas Tolaine, membro da unidade paulistana do estúdio internacional Perkins&Will.

Pensando nisso, a edificação ganhou duas “asas”, ambas conectadas por um átrio central que conta com uma grande arquibancada para receber alunos, funcionários e pais. Essa área existe para a circulação de pessoas pela instituição, valorizando a troca de experiências e informações, além de funcionar como local para estudos ou brincadeiras nos intervalos. Uma espécie de cúpula envidraçada cobre esse átrio: “Ela permite luz natural no interior e também a visão para a rua, ao mesmo tempo que dá privacidade, criando um local agradável e acolhedor”, explica Tolaine.

No projeto é aplicado também o chamado “design biofílico”, que consiste na criação de ambientes naturais dentro de uma construção para a melhora do bem-estar dos usuários. Para ajudar na questão térmica e proporcionar o contato direto dos estudantes com a natureza, uma “floresta de bolso”, formada por um pequeno bosque com árvores nativas, foi desenvolvida pela Cardim Arquitetura Paisagística.

 

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Transparência
O prédio foi construído em apenas oito meses, graças ao uso de uma estrutura metálica, o que garantiu ainda a criação de vãos maiores. Para controlar a luz do Sol, no entanto, optou-se pela instalação de um sistema de brises de madeira em todo o andar superior, onde se localizam as salas de aula. De padrão diagonal, os brises trazem uma estética diferenciada ao edifício, agregando um aspecto rústico e, ao mesmo tempo, moderno ao espaço.

Por falar em salas de aula, elas ganharam divisórias feitas de vidro. “Queremos que os alunos se acostumem ao movimento nos corredores. É uma forma de ensiná-los a ter foco em um cenário repleto de estímulos como redes sociais e dispositivos eletrônicos”, revela Douglas Tolaine.

A partir de agora, já sabemos: o ensino fica muito melhor se tem nosso material envolvido.

Este texto foi originalmente publicado na edição 581 (maio de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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