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Glass South America tem nova data

João Paulo Picolo, CEO da NürnbergMesse Brasil, explica os motivos do adiamento
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Glass South America tem nova data

No nosso planejamento de pautas feito no início do ano, esta edição de O Vidroplano teria conteúdo de “aquecimento” para a edição 2020 da Glass South America, a maior feira vidreira da América Latina, prevista para ser realizada em junho. No entanto, surgiu uma pandemia no meio do caminho, e a mostra foi adiada para novembro. Mas a situação do País no combate ao coronavírus segue complicada, sem previsão de melhora. Por isso, a NürnbergMesse Brasil, organizadora do evento em parceria com a Abravidro, decidiu por um novo adiamento: a feira agora está marcada para 24 a 27 de março de 2021. Para entender os motivos, a revista conversou com João Paulo Picolo, CEO da organizadora.

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O que levou a esse novo adiamento?
João Paulo Picolo — Assim que começou a pandemia do novo coronavírus, vimos que a feira não poderia ser realizada em junho, por uma questão de saúde e responsabilidade com nossos clientes, parceiros e fornecedores. Por isso, negociamos data para novembro com o São Paulo Expo. A agenda dos pavilhões está muito complicada e lotada, uma vez que todos os eventos do primeiro semestre foram adiados e buscavam um espaço no calendário. Graças ao nosso relacionamento, conseguimos segurar essa data em novembro, a única possível para a realização da Glass ainda em 2020. Ao comunicar ao mercado, montamos um comitê com as indústrias do setor para discutirmos o melhor caminho para todos, pois prezamos muito pela transparência e relacionamento com clientes. Com o avanço da quarentena, o mercado nos pediu para que mudássemos novamente a data, pois a economia do setor foi muito afetada. Assim, começamos a renegociar com os pavilhões e buscamos uma solução que foi muito bem aceita. Agora a mostra ocorrerá de 24 a 27 de março de 2021, momento oportuno e junto de outro grande evento nosso do setor de construção, a Expo Revestir, o que proporciona maiores oportunidades de negócios. Nosso objetivo é sempre prestar o melhor serviço e encontrar uma solução para os expositores.

Há chance de a data ser alterada novamente?
JPP — A nova data está confirmada e não há espaço para mudanças. Após negociarmos com o pavilhão, nos reunimos com o comitê representante do mercado e validamos se era uma solução viável. Para nossa felicidade, todos aceitaram muito bem a realização em março de 2021 e ficaram muito empolgados com o período escolhido.

Com essa mudança, a feira passará a ser realizada sempre em anos ímpares?
JPP — Isso mesmo. De agora em diante, o evento será realizado nos anos ímpares, o que é muito bom para o mercado vidreiro brasileiro e latino-americano. Conseguimos um distanciamento e um espaço melhor no calendário internacional do setor. Fizemos uma pesquisa com nossos expositores e clientes e, inclusive, eles preferem a realização em anos ímpares. Então, deu tudo certo.

A programação da feira (incluindo os eventos simultâneos, como o Glass Performance Days South America) será alterada por conta do adiamento?
JPP — Todas as atrações e eventos paralelos serão mantidos. Nós conversamos com os parceiros e eles também aceitaram a nova data de realização. Vamos continuar trabalhando muito para trazer ainda mais conteúdo e experiências para os visitantes.

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A feira vai ocorrer paralelamente a outros eventos do segmento da construção, como a já mencionada Expo Revestir. Isso é positivo para expositores e visitantes?
JPP — Isso é muito positivo. A Expo Revestir, também organizada por nós, reúne os maiores arquitetos e varejistas do País. Vamos colocar transporte entre os eventos e criar uma agenda conjunta para que os visitantes consigam aproveitar todas as atrações. Isso vai gerar mais movimento em ambos e também novos contatos e prospectos para os expositores. Como os arquitetos são um dos principais públicos da Glass South America, junto com grandes varejistas, a nova data é muito oportuna — e tenho certeza de que vai ajudar as empresas a se reerguerem com maiores oportunidades de negócios.

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A NürnbergMesse Brasil pertence a um grupo internacional. Como a questão dos eventos tem sido tratada lá fora? Em 2021, eles ocorrerão dentro de uma “normalidade” ou ainda serão necessários cuidados como distanciamento mínimo entre visitantes, distribuição de álcool-gel, medição da temperatura corporal etc.?
JPP — A prioridade da NürnbergMesse, no Brasil e no mundo, é a segurança de nossos clientes, parceiros, visitantes e colaboradores. Por isso, voltamos todos os nossos esforços para reformular o calendário da melhor forma possível para nossos mercados de atuação. Tudo vai depender do andamento da doença por aqui e no mundo. Caso não tenham novos casos e encontrem a vacina para a Covid-19 em breve, o próximo ano tende a voltar a essa normalidade. Entretanto, podemos garantir que seguiremos todas as medidas de saúde para oferecer um evento de qualidade e seguro.

O mercado de eventos, em especial de feiras, será impactado no pós-pandemia? Como o grupo está projetando a perspectiva de público para as mostras?
JPP — O cenário é de muitas dúvidas e incertezas, pois ainda não sabemos como será a evolução da doença. Com a quarentena, as empresas ficaram fechadas e tiveram seu faturamento reduzido. A crise afeta não somente o mercado de feiras e eventos, mas todos os setores da economia. Não há como prever prejuízos ou consequências, mas também sabemos que não há como evitar um impacto no mercado. Nossa única certeza é que os eventos são fundamentais na recuperação da economia das indústrias, uma vez que todo o mercado se reúne em um só lugar e é possível buscar por novos produtos e melhores preços. E isso não é um posicionamento somente da subsidiária brasileira: todos os outros países do grupo possuem a mesma diretriz. A força das feiras será muito importante para ajudar a retomada, pois são uma plataforma internacional de marketing e vendas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 569 (maio de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.