Vidroplano
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AGC inaugura Guará 2 e anuncia mudança na sua direção

19/11/2019 - 17h45

Hoje, 19 de novembro, a AGC do Brasil reuniu clientes, executivos da multinacional no Brasil e no exterior e autoridades em um espaço de eventos na cidade de Guaratinguetá (SP) para a cerimônia de inauguração do Guará 2, seu segundo forno no Brasil, aceso em abril.

Entre os presentes, estiveram Wilson Mello, presidente da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Invest SP), representando o governador do Estado de São Paulo, João Doria; Marcus Soliva, prefeito de Guaratinguetá; e Jean-François Heris, presidente global da Divisão Building da AGC. A Abravidro foi representada no evento pelo seu presidente, José Domingos Seixas, e por Iara Bentes, superintendente da associação e editora de O Vidroplano.

A cerimônia, cujo tema foi Compromisso com o Brasil, otimismo com o futuro, teve início com uma apresentação de taiko (instrumentos japoneses de percussão), trazendo a jornalista Fabiana Scaranzi como mestre de cerimônias. Números da nova fábrica da AGC no Brasil foram apresentados, com destaque para o aumento de 140% que ela trouxe para a capacidade produtiva da multinacional no País.

 

Despedida e boas-vindas
A inauguração do Guará 2 não foi o único anúncio no evento: Francesco Landi, diretor-geral da divisão de Vidros para Construção Civil e Indústria para América do Sul, voltará para a Europa, onde assumirá um cargo na matriz europeia da AGC na Bélgica. Em seu lugar, entrará o brasileiro Isidoro Lopes, nascido na região do Vale do Paraíba (a mesma onde estão instalados os dois fornos da AGC), com 25 anos de experiência no setor vidreiro e três anos de atuação na equipe de Davide Cappellino, vice-presidente e diretor-geral da Unidade de Negócios para Vidros Processados na Europa. Lopes assumirá o cargo no Brasil em janeiro.

direção agc

Segundo Jean-François Heris, a AGC trabalha com a premissa de que sua unidade em cada país deve ser gerida por um profissional desse mesmo país, assim como considera que os vidros consumidos em determinada parte do mundo devem ser produzidos nela. Após um período de adaptação no Brasil, com os dois fornos já instalados, a multinacional considerou que era o momento de passar o comando para a equipe brasileira.

Landi não escondeu que ficou bastante emocionado em sua despedida, com sua família presente entre os convidados da cerimônia. Segundo ele, o forno novo é como um bebê que ele viu nascer e ao qual se apegou; embora fique feliz em voltar para perto de seus familiares, ele afirmou que também se entristece ao deixar o Brasil após oito anos por aqui. Ele também explicou que o novo gestor buscará tornar a AGC no Brasil o que ela é no mundo: uma líder em produção e tecnologia, lembrando que com o segundo forno, ela passa a ser a segunda maior fabricante de vidros no País.

 

Novos produtos no mercado
A AGC aproveitou para apresentar novos produtos à disposição no mercado brasileiro: o Clearsight é um vidro com revestimento antirreflexo que reduz a refletividade de sua superfície para menos de 1%. Por sua vez, o Luxclear possui uma camada anticorrosiva, com garantia de dez anos, sendo ideal para aplicações em contato direto com a água, como boxes de banheiro.

Ambos os produtos são atualmente importados, mas podem começar a ser produzidos no Brasil em breve – caso do Sunlux Shadow 60, de controle solar, já fabricado em Guaratinguetá.

Outras tecnologias disponíveis no exterior foram mostradas por Martin Jacqz, vice-presidente executivo global da AGC, como o Halio (capaz de mudar seu estado de transparente para translúcido garantindo controle de luminosidade e de privacidade), o Attoch (que proporciona controle solar, isolamento térmico e impede condensação de vapor d’água em sua superfície), o WaveThru (que permite conexão 4G e 5G em todos os seus dispositivos por meio do envidraçamento), e o Fineo (insulado extrafino com grande poder de isolamento térmico).

De acordo com Jacqz, essas tecnologias também podem vir para o Brasil no futuro.

 

Mercado e perspectivas
Fabio Oliveira, presidente e diretor-geral de Finanças e Negócios da AGC na América do Sul, explicou que quando a empresa inaugurou sua primeira fábrica no Brasil, havia um panorama econômico bastante favorável, com crescimento estável do PIB por muitos anos, o boom na área da construção civil, bem como a proximidade com a Copa do Mundo e as Olimpíadas no País. Com o tempo – e especialmente com a crise econômica em 2015 –, a situação se inverteu.

Mesmo assim, ela manteve o plano de construir seu segundo forno no Brasil, fazendo assim uma aposta de longo prazo no País, como indicado no tema da cerimônia.

agc

De acordo com Oliveira, hoje a AGC do Brasil gera mais de mil empregos diretos, mais de 2 mil empregos indiretos na cadeia vidreira, e a construção de sua fábrica envolveu o trabalho de mais de 4.700 pessoas. Além disso, só em pagamentos de impostos e taxas, a AGC já gerou mais de R$ 600 milhões para o País.

Ao final do evento, a empresa disponibilizou transfers para que todos os convidados pudessem participar de uma visita guiada às suas duas fábricas, especialmente à nova.

 

Dados do Guará 2

Início das obras: final de 2016

Tempo de construção: dois anos

Investimento: R$ 700 milhões

Capacidade de produção: 260 mil toneladas de vidro plano por ano

Geração de empregos: cerca de 200 empregos diretos e 500 indiretos

Faturamento estimado: R$ 400 milhões/ano

 



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