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CBIC apresenta balanço econômico da construção em 2023

11/12/2023 - 10h29

Na última sexta-feira (8/12), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou em seu canal no Youtube uma coletiva de imprensa online com Renato Correia e Ieda Vasconcelos — respectivamente, presidente e economista da entidade. O propósito do encontro foi analisar o desempenho econômico do setor em 2023 e apresentar as perspectivas para 2024.

A ação integra o projeto Inteligência Setorial Estratégica, desenvolvido pela CBIC em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Para assistir ao evento na íntegra, clique aqui

Dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) da construção, geração de emprego, custo da construção e impactos no setor do veto à desoneração da folha de pagamento foram alguns dos temas abordados e dissecados por Ieda durante o encontro virtual. Em sua apresentação, a economista expôs indicadores sobre o desempenho da construção civil ao longo de 2023. O setor ficou aquém do esperado para período entre o final do ano passado e o início deste ano. A projeção era de alta de 2,5% para o período e a revisão para crescimento de 1,5 em julho. Porém, considerando dados do PIB trimestral, o setor deverá encerrar o ano em queda.

A razão para o resultado abaixo das expectativas foram os juros, cujos patamares elevados reverberaram de forma negativa no setor. “Quando uma economia tem juros altos, o preço a ser pago é a desaceleração dela”, explicou Ieda. “Alguns setores produtivos tendem a sofrer maiores impactos e, infelizmente, a conta chegou para a construção civil.” A demora da divulgação de novas condições para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e a desaceleração de pequenas obras e reformas completam a lista dos responsáveis por esse resultado.

Apesar dos dados negativos, Ieda apontou que, segundo o número de empregos com carteiras assinadas, as atividades como construção de edifícios e os serviços especializados para o setor seguiram em evolução, porém em ritmo inferior ao registrado em 2022. Uma das razões para a crescente seria o fato de 2024 ser um ano eleitoral, o que contribui para a aceleração na geração de novas obras no segmento de infraestrutura.

De acordo com Ieda, para o próximo ano, questões como menor ritmo do crescimento da economia, juros em patamares elevados – apesar da queda – e o endividamento das famílias contam como possíveis impeditivos para o crescimento na construção civil. Na esfera do otimismo, a continuidade do processo de queda dos juros, as novas condições do MCMV e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) surgem como fatores de otimismo no horizonte para o setor em 2024.



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