Vidroplano
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Confira os números do Panorama Abravidro 2024

28/05/2024 - 14h35

O Vidroplano já havia comentado na matéria especial de janeiro, sobre as expectativas das empresas vidreiras para 2024, que o ano passado tinha sido “morno”. Pois agora, com os dados da edição do Panorama Abravidro que acaba de sair do forno, dá para atualizar a análise: 2023 foi um ano gelado para nosso mercado, só um pouquinho melhor que 2022, marcando queda (considerável) no faturamento e queda (pequena) na produção.

Cultura de dados
Desenvolvido pela Abravidro e publicado desde 2012, o Panorama é o único estudo econômico e produtivo do setor vidreiro. Ele fornece informações valiosas para as empresas definirem suas ações ao longo do ano, permitindo ainda a comparação de desempenho com o do restante do mercado – com isso, é possível identificar oportunidades e desafios para tomar decisões estratégicas. Além disso, a pesquisa gera dados que permitem que a Abravidro siga identificando os principais gargalos do segmento e busque soluções para superá-los, fortalecendo a competitividade da indústria de vidros planos.

Rafael Ribeiro, presidente da Abravidro, agradece às empresas respondentes neste ano: “Com o apoio de vocês, a Abravidro segue na construção de uma cultura de dados vidreira, de forma que consigamos monitorar a dinâmica do mercado e usar essas informações para construir um ambiente de negócios melhor para nossas empresas”. A seguir, veja a análise dos principais indicadores do estudo.

Sobre o Panorama Abravidro 2024

  • Dados referentes ao exercício de 2023
  • Pesquisa realizada pela GPM Consultoria Econômica
  • Perfil da amostra: 46 empresasrepresentando 20% do mercado brasileiro de vidro processado não automotivo
  • Período da coleta de dados: janeiro a abril de 2024

PARTICIPAÇÃO POR PRODUTO

  • Líder isolado: é a maior participação do temperado na série histórica do Panorama, crescendo quase 1,5% em relação a 2022;
  • O produto firma-se, mais do que nunca, como a principal âncora da cadeia de processamento;
  • Por outro lado, a participação dos espelhos cai pelo terceiro ano seguido – embora a 2ª posição no ranking não seja ameaçada pelos laminados, os quais também marcaram queda na comparação com 2022.

FATURAMENTO (R$ milhões/ano)

  • Segundo ano seguido em que o faturamento do setor cai, o que denota um processo de deflação e acomodação no pós-pandemia;
  • O resultado do temperado é um dos mais curiosos: o faturamento teve queda considerável (10,1%), enquanto a produção teve pequena alta (0,5%);
  • Com baixa de 15,3%, os espelhos registraram a maior queda de faturamento entre os processados.

PRODUÇÃO (m²)

  • A produção caiu pelo segundo ano seguido, mas em ritmo menor em relação a 2022;
  • No entanto, voltamos ao patamar da crise de 2016. Desde aquele ano temos andado de lado, com exceção do período da pandemia;
  • A queda na produção dos laminados encerrou uma sequência de alta de 30% em quatro anos no consumo desses produtos;
  • Vale notar ainda o crescimento dos tampos e dos insulados, embora esses últimos ainda representem bem pouco no consumo geral de vidros.

MÃO DE OBRA EMPREGADA

  • O número de empregados voltou a crescer após cair em 2022;
  • Apesar da boa notícia, o ritmo do aumento é mais lento do que em anos anteriores.

PRODUTIVIDADE

  • A produtividade é calculada por meio da divisão da produção total em m² pelo número de funcionários por mês;
  • 2023 teve 149,3 m² processados por funcionário ao mês;
  • O indicador está em viés de queda desde 2021. Ano passado, atingiu a pior marca da série histórica;
  • Nos últimos dez anos, só houve crescimento na produtividade das empresas em 2015 e 2020.

Este texto foi originalmente publicado na edição 617 (maio de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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