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Economista Fernando Garcia indica cenário positivo no 14º Simpovidro

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Economista Fernando Garcia indica cenário positivo no 14º Simpovidro

Após algumas edições do Simpovidro com palestras econômicas que traziam apreensão, a apresentação do economista Fernando Garcia foi recebida como uma injeção de alívio pelos participantes da 14ª edição do principal encontro vidreiro da América Latina – não por ele ter pintado um cenário de maravilhas, mas porque o pior, de fato, parece ter ficado para trás.

“Em 2020, a renda das famílias deve ter aumento de 3,2%, enquanto o crédito para a pessoa física deve crescer 9,4%. Esses são sinais importantes”, afirmou. Segundo a subir ao palco neste 9 de novembro, Garcia é fundador da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor-adjunto da Escola de Administração dessa mesma instituição. Ele atua na área de desenvolvimento econômico e políticas sociais, prestando consultoria para associações setoriais ligadas à construção civil.

O tamanho do estrago
A primeira parte de sua apresentação foi dedicada a mostrar por que o setor vidreiro foi tão impactado com a crise. Em 2012, a cadeia produtiva da construção civil era responsável por 12,9% do PIB nacional. Em 2018, a fatia foi de 8,8%. Mais dados do caos:

– Desde 2013, houve queda de 29,3% nos investimentos do segmento

– No ramo de edificações, responsável pelas grandes obras, o recuo foi de 40% (de 2014 a 2018)

– Diminuiu em 41,9% a quantidade de unidades habitacionais financiadas

“Os setores de linha branca, automotivo e moveleiro também foram impactados, mas bem menos que o de construção civil. Como este representa 80% do segmento de vidros planos, o impacto foi bastante sentido por vocês”, explicou. Garcia afirmou que, de 2014 a 2017, o segmento de vidros planos recuou 18,8%.

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2019
Para o especialista, alguns sinais positivos começam a surgir e as expectativas são boas. Os ajustes fiscais feitos em 2016 começam a dar resultado agora para o segmento. Em 2019, o PIB crescerá menos do que o imaginado no começo do ano, em parte pelo alto índice de desemprego e crescimento pouco expressivo na renda das famílias.

Mas há, sim, bons fatos neste ano, dentre eles a inflação baixa, reforma previdenciária, menos necessidade de financiamento do setor público e taxa de juros menor. Para a indústria, foram especialmente boas a reformulação da política do gás natural e a nova categoria de saque do FGTS, que pode estimular o consumo e frear o rompimento de contratos.

Boas perspectivas
Garcia afirmou que, em 2020, o cenário macroeconômico aponta crescimento de 2% para o PIB. A construção civil, por sua vez, deve ter aumento superior 2,5% a 3,5%. Outros setores que impactam o vidro:

– Eletrodoméstico: 1,5% a 2,5%

– Indústria automobilística: 4% a 5%

– Produção de móveis: 3% a 4%

“Esses dados indicam um cenário positivo para a indústria do vidro”, finalizou o economista.