O Índice de Confiança da Construção (ICST), indicador medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), subiu 0,7 ponto em março, para 95,0 pontos, após dois meses seguidos de retração. Na média móvel trimestral, o índice recuou 1,7 ponto. A edição de março de 2025 do ICST coletou informações de 656 empresas entre os dias 3 e 24 deste mês.
De acordo com o FGV Ibre, o avanço da confiança deve-se à melhora do momento atual e das expectativas: o Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,5 ponto, para 94,2 pontos; já o Índice de Expectativas (IE-CST) cresceu 0,8 ponto, atingindo 96,0 pontos, sua segunda alta seguida.
O FGV Ibre observa que o primeiro trimestre de 2025 chega ao fim com uma melhora na confiança setorial, mas ressalta que o movimento de março não foi disseminado pelos segmentos setoriais e não recuperou a queda dos dois primeiros meses; ou seja, as empresas ficaram mais pessimistas neste início de ano, refletindo as dificuldades com a escassez de mão de obra qualificada e o crédito mais caro, por conta da elevação da taxa básica de juros, a Selic.
Segundo o ICST deste mês, a escassez de mão de obra qualificada é a maior limitação sofrida para todos os segmentos da construção, especialmente para as empresas de serviços especializados. Houve também uma desaceleração da atividade, que deve ser revertida, pois as indicações são de retomada das contratações de mão de obra.
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