11/07/2024 - 10h52

O drama da processadora Lajeadense Vidros, de Lajeado (RS), atingida gravemente pela cheia do rio Taquari entre o final de abril e início de maio, foi contado em reportagem do portal da revista Exame. A matéria faz parte de uma série chamada Negócios em luta, que traz os desafios de companhias afetadas pelo evento climático no Rio Grande do Sul.

O rio, que passa ao lado da sede da companhia, subiu de seus habituais 13 m para 32 m em poucas horas, algo que jamais havia acontecido. No terreno da empresa, a água que extravasou do leito chegou a passar dos 6 m de altura, tomando até os escritórios no 2º andar da construção.

De acordo com a reportagem, paredes, telhados, maquinários e 250 t de vidro foram arrastados rio abaixo, gerando perda estimada em R$ 70 milhões. A produção, levada a um outro espaço, está limitada a 40% do que a empresa era capaz de fazer antes da tragédia.

Nenhum dos cem colaboradores foi demitido e ainda foi organizada uma vaquinha pela Lajeadense, divulgada em nossos canais, que recebeu R$ 180 mil, doados a dez famílias de empregados que perderam tudo.

Nova fábrica
Renato Arenhart, dono da Lajeadense, conta à reportagem que, antes da enchente de maio, sua sede foi atingida outras duas vezes em menos de um ano. Por isso, resolveu deixar o espaço vizinho ao Taquari, na entrada da cidade, para rumar para uma nova fábrica, de 12 mil m2 e distante do rio. O terreno já está comprado e, agora, a companhia aguarda a liberação de um crédito especial junto ao BNDES para executar o projeto, já desenhado e aprovado.

Com 65 anos de história, a Lajeadense foi fundada como vidraçaria pelo pai de Renato e hoje é administrada por ele e seus dois filhos, Régis e Roberta. “Não dá para desistir. Isso é o que eu sei fazer, esse é o legado que deixarei para a minha filha e para o meu filho. É nossa família, nossa história, e vamos seguir. Agora em outro lugar”, afirma Renato.

Leia a reportagem completa no portal da Exame