Vidroplano
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Panorama Abravidro 2021 mostra crescimento do setor no ano passado

04/06/2021 - 08h27

Após um 2019 em ponto morto, a indústria de transformação vidreira viu aumento em sua produção e faturamento em 2020. Isso é o que mostra a edição 2021 do Panorama Abravidro, o único estudo econômico e produtivo sobre a produção vidreira nacional, feito com base nas informações fornecidas pelos processadores de todo o Brasil.

Os dados da pesquisa são recebidos, analisados, consolidados e agregados pela GPM Consultoria Econômica. Este ano, participaram 34 empresas, representando 19% do mercado brasileiro de vidro processado não automotivo.

 

A importância do estudo
No Panorama Abravidro, as empresas da cadeia de vidros planos podem encontrar os números essenciais e usá-los para definir ações ao longo do ano – e até mesmo comparar os resultados de sua empresa com o desempenho do mercado. O levantamento também permite que a Abravidro entenda quais são os principais problemas comerciais no Brasil e quais as medidas necessárias para resolvê-los. Com isso, é possível fazer pleitos junto ao governo federal que atendam de forma específica nossas empresas.

 

Além do esperado
Para Sérgio Goldbaum, economista da GPM, as expectativas para a economia brasileira, incluindo o setor vidreiro, para o ano passado eram pessimistas. “A inclusão da construção civil nas atividades essenciais, o auxílio emergencial e a taxa de juros muito baixa contribuíram para que o segmento do vidro tivesse o desempenho bem acima do que eu esperava inicialmente”, explica. “E esse desempenho é resultado tanto da performance das construções de grande porte como das pequenas reformas.”

Para o bom momento de 2020 permanecer em 2021, é necessário que a construção civil supere a limitação da oferta de matérias-primas. “Na última Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria, divulgada em março, mais da metade dos empresários que responderam à pesquisa esperava que a normalização da oferta de insumos se daria apenas no terceiro trimestre de 2021 ou mesmo depois”, relata Goldbaum.

A seguir, confira a análise sobre os indicadores do estudo. Os dados se referem aos vidros processados não automotivos em 2020.

 

Faturamento

  • As processadoras faturaram 12% a mais do que em 2019. Ao todo, o faturamento em 2020 foi de R$ 5,2 bilhões;
  • Os temperados romperam a marca dos R$ 3 bilhões;
  • O único tipo de vidro com queda nesse quesito foi o da categoria “tampos etc.”, com baixa de 13,9%.

faturamento_vidros_processados

 

Produção em m²

  • O volume de vidros processados produzido em 2020 alcançou o maior nível desde 2015;
  • Em relação a 2019, são quase 8 milhões de m² a mais de vidros processados.

producao_vidros_processados

 

Participação por produto: qual é o processado mais consumido?

  • Temperados seguem como líderes: produto cresceu 1,3% em sua participação. Agora, somam 56,7% do total de vidros processados não automotivos;
  • Após a queda em 2019, os espelhos voltaram a crescer: representam 27% do mercado, aumento de 1,3% em relação ao ano retrasado;
  • Os insulados passaram a somar apenas 0,5% de todos os vidros processados. Material vinha em pequena alta desde 2018.

participação_produto

 

 

Preço médio dos vidros

  • Os temperados registraram a primeira queda em seu preço médio desde 2017.
  • Os laminados seguem trajetória de queda em seu preço médio ano a ano e em 2020 não foi diferente: o menor preço médio da série histórica do Panorama.

preco_medio_temperado e laminados

 

Mão de obra empregada 

  • O número de funcionários aumentou 5,2%, acompanhando a tendência de alta vista a partir de 2019. Agora, são 29.590 empregados em beneficiadoras;
  • É o maior nível de funcionários desde 2015.

mao_de_obra_empregada

 

Nossas empresas são produtivas? 

  • A conta para saber a produtividade é bem simples: basta dividir o total da produção pelo número de funcionários;
  • Em 2020, o resultado mostra 174,6 m² de vidros processados por funcionário ao mês. Esse é o segundo maior nível já medido nesse quesito, perdendo apenas para 2015. Ou seja, nossas empresas ficaram mais produtivas (gastando menos para produzir mais) em comparação aos cinco anos anteriores, mesmo durante a pandemia;
  • O aumento em relação a 2020 é de 8,7% — recuperando a queda vista em 2019.

 

Capacidade instalada 

A maior parte das processadoras brasileiras ficou abaixo dos 30% de ociosidade. Em um período de pandemia, número não pode ser considerado ruim.

ociosidade

 

 



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