Vidroplano
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Primeiro dia do 4º Simbrie: guarda-corpos e fachada são destaques

24/11/2021 - 11h42

Começou ontem, terça-feira, a quarta edição do Simpósio Brasileiro da Indústria de Esquadrias (Simbrie). O evento, cujo tema este ano é “Tendências e Inovações das Esquadrias na Arquitetura Brasileira”, é organizado pelo Canal do Serralheiro e conta com a Abravidro entre seus apoiadores.

A abertura do 4º Simbrie foi feita pelo professor Alexandre Araujo, idealizador e sócio-proprietário do Canal do Serralheiro, que deu as boas-vindas a todos os participantes antes do início das palestras.

Minimalismo em guarda-corpos
Entre as palestras de destaque do primeiro dia, esteve a do engenheiro Helio Donizetti, gerente-técnico da Perfil Alumínio, que falou sobre O minimalismo aplicado em sistemas de guarda-corpos em alumínio para edificações residenciais. Donizetti iniciou sua apresentação definindo o minimalismo, conceito presente na construção civil, cultura, design e arquitetura, no qual as cores e formas são limitadas e apresentadas com simetria. Essa estética prioriza a redução de materiais e a simplicidade nos detalhes, sem abrir mão da durabilidade.

Em seguida, foram apresentadas algumas das soluções da empresa nesse sentido. Uma delas é o Sistema Minimal Frame de esquadrias, no qual a maior parte do perfil é embutida e somente uma moldura fica aparente, de modo a conjugar o máximo de transparência com o mínimo de estrutura visível. Em relação aos guarda-corpos, foi citado o sistema minimalista Grad Line: ele conta com vista frontal de apenas 25 mm, contra 38,1 mm de sistemas convencionais, além de suportar também envidraçamento de sacada. Donizetti explicou tecnicamente como esse sistema é montado, incluindo as indicações de vento presentes nas normas técnicas do produto.

História e tipologias de fachadas-cortina
Na palestra Análise entre sistemas de fachadas cortina aplicadas nos segmentos residenciais e comerciais da arquitetura brasileira, o engenheiro Crescêncio Petrucci, sócio-fundador da Crescêncio Consultoria, mostrou algumas edificações emblemáticas no Brasil com esse tipo de estrutura, por meio de uma linha do tempo. A primeira obra apresentada foi o Edifício Barão de Iguape, construído em São Paulo no final da década de 1950 e considerado o primeiro empreendimento com fachada-cortina no País – esse sistema ainda exibia montantes proeminentes e uma massa significativa de vidro no lado externo. Várias outras construções foram mencionadas até chegar ao Faria Lima Plaza, também na capital paulista: finalizada este ano, a obra trouxe uma série de desafios para a implementação desse tipo de fachada – desde seu formato único até a necessidade de instalação durante a concretagem do edifício, quando a estrutura não estava firme o bastante, exigindo atenção especial com a movimentação dos painéis.

A segunda metade da palestra de Crescêncio foi dedicada aos conceitos ligados a fachadas-cortina. Ele destacou a diferenças delas para esquadrias tradicionais entre vãos: na cortina, a esquadria passa pela frente da estrutura da edificação; na tradicional, ela é interrompida por outro elemento da fachada ou da estrutura.

Ele então explicou os diferentes sistemas desse tipo de fachada, como o convencional encaixilhado, o grid, a pele de vidro e o glazing (esse último podendo ser do tipo stick ou unitizado). Crescêncio alertou que é um erro classificar toda fachada-cortina como pele de vidro, observando que é pouco utilizada por qui aatualmente. É o sistema glazing (que não possui perfil de alumínio aparente pelo lado externo, com a fixação do vidro feita principalmente por silicone ou fita dupla face estruturais) o aplicado em larga escala no Brasil.

Continue acompanhando o site da Abravidro para conferir os destaques de cada dia do 4º Simbrie. A cobertura completa do evento estará presente na edição de dezembro de O Vidroplano.

 

 



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