Vidroplano
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Segundo dia do 4º Simbrie destaca esquadrias e uso de selantes

25/11/2021 - 10h39

O segundo dia da quarta edição do Simpósio Brasileiro da Indústria de Esquadrias (Simbrie), cujo tema é “Tendências e Inovações das Esquadrias na Arquitetura Brasileira”, discutiu problemas que podem surgir devido ao uso inadequado de selantes, além de apresentar um novo tipo de esquadria disponível no mercado. O evento é organizado pelo Canal do Serralheiro e conta com a Abravidro entre seus apoiadores.

Janelas oscilo deslizantes e a evolução das esquadrias
André Martinho, sócio-diretor da FISE Componentes, ministrou a palestra Nova esquadria oscilo deslizante: um estudo da evolução das tipologias na arquitetura residencial. Antes de apresentar o produto propriamente dito, Marinho fez uma retrospectiva da história das esquadrias: ele observou que, ao contrário do que muitos pensam, portas e janelas não são esquadrias, mas sim os vãos das edificações que permitem a passagem de pessoas, luz e ventilação. As esquadrias, por sua vez, consistem nas estruturas de fechamento desses vãos – elas, inclusive, ganharam responsabilidades com o passar do tempo, como garantir segurança, privacidade, conforto acústico e vedação para impedir a entrada de água. O palestrante mostrou a evolução desses sistemas, os quais inicialmente não usavam vidros – com o tempo, nosso material foi agregado a eles.

Por fim, Marinho exibiu a janela oscilo deslizante da FISE: ela conta com folhas com deslizamento vertical e molas nas laterais do sistema impedindo que elas caiam (risco que acontecia nas antigas janelas guilhotina). Além disso, esses painéis também oscilam, contribuindo para a ventilação do ambiente e facilitando a limpeza de suas faces externas. Outro diferencial, segundo a empresa, é desempenho acústico nível A, mesmo com vidros de apenas 6 mm de espessura.

Aplicação correta de selantes
O engenheiro Rafael Calza, sócio-diretor e responsável técnico na DXMAX Resinas para Fixação, fez a última apresentação da noite, com o tema Manifestações patológicas em obras: orientações para evitar defeitos e falhas encontradas na aplicação de selantes de silicone nas esquadrias e fachadas cortina. Ao apresentar estudos sobre o tema, ele mostrou que as esquadrias correspondem a mais de 31% das manifestações patológicas nas edificações, sendo que mais de 42% dessas falhas são devidas à má vedação. Em seguida, abordou os diferentes tipos de selantes, como os de poliuretanos e híbridos (ambos com bases orgânicas), e os de silicone (que não têm carbono em sua base) de cura acética e de cura neutra (incluindo os silicones estruturais).

Calza destacou que os selantes de silicone de base neutra são os ideais para esquadrias e fachadas, sendo o único tipo cuja energia de adesão é maior que a energia ultravioleta, responsável pela deterioração de outros tipos de selante, garantindo ainda forte aderência, durabilidade e melhor desempenho de vedação. Foram apresentadas então as principais patologias envolvendo fixação e vedação, como:

– falhas adesivas, causadas pela escolha do selante incorreto ou pela aplicação em superfícies com pó, úmidas ou não curadas;

– falhas coesivas, causadas por selantes com baixa elasticidade ou por incorreções nos projetos;

– manchas em vidros laminados e espelhos, frequentemente causadas pelo uso de silicones de cura acética, que podem liberar ácidos que reagem com as superfícies.

Continue acompanhando o site da Abravidro para conferir os destaques de cada dia do 4º Simbrie. A cobertura completa do evento estará presente na edição de dezembro de O Vidroplano.

 



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