Taxa de juros abala o setor de construção, mas há expectativas positivas para 2025

28/01/2025 - 15h49
Segundo a pesquisa Sondagem Indústria da Construção, divulgada na segunda-feira (27) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a taxa de juros elevada foi o principal problema enfrentado pela indústria da construção civil no quarto trimestre de 2024: a questão foi apontada por 34,1% dos empresários do setor, ante 25,4% no terceiro trimestre.
“A taxa de juros é bastante importante para o setor da construção. Ela condiciona tanto o lançamento de unidades quanto a própria demanda, já que as pessoas, normalmente, precisam financiar a compra de seus imóveis e empreendimentos. Por isso, a elevação da Selic traz sempre grande preocupação”, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
Outros problemas apontados pelos empresários do setor são a falta ou alto custo de trabalhadores qualificados, com 26,8% de indicações, e a elevada carga tributária – obstáculo assinalado por 26,6% dos entrevistados.
Confiança é abalada, mas projeções ainda são positivas
Neste mês de janeiro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) da Construção caiu 1,4 ponto. Assim, ficou abaixo da linha divisória de cinquenta pontos, que separa “confiança” de “falta de confiança”. É a primeira vez que isso ocorre desde janeiro de 2023.
O resultado é reflexo da piora das avaliações dos empresários sobre as condições atuais da economia brasileira e sobre as expectativas econômicas e para as empresas. Os dois componentes do Icei recuaram em janeiro: o índice de Condições Atuais diminuiu 1,2 ponto, para 44,9; já o índice de Expectativas caiu 1,6 ponto, indo para 51,9.
A boa notícia vem da expectativa das 315 empresas entrevistadas sobre o nível de atividade, que se manteve em 53,8 pontos, mostrando que as projeções para 2025 continuam positivas. Além disso, o índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas passou de 51,4 para 53,7 pontos, revelando que a projeção de aquisição desses itens aumentou.
Confira a análise completa da CNI aqui.
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