Qualidade em primeiro lugar — conteúdo extra
17/11/2017 - 15h57
De maneira simplista, poderíamos definir esquadrias de alto desempenho como aquelas que superam as determinações das normas vigentes no Brasil, a NBR 10821 — Esquadrias para edificações, que define as regras sobres as esquadrias, e a NBR 11706 — Vidros na construção civil, que fala sobre o vidro nessas estruturas.
Embora pareça óbvio, é importante ressaltar que uma esquadria só pode ser considerada completa tendo a junção do material utilizado na sua estrutura e a aplicação do vidro: antes, era muito comum que o serralheiro da estrutura da esquadria dissesse ao cliente que o vidraceiro vem depois para instalar os vidros, como se fossem duas coisas distintas. Hoje, isso, felizmente, mudou!
Funções de uma esquadria
São inúmeras as funções de uma esquadria: controle da área de ventilação, proteção contra intempéries (ventos e chuvas), sombreamento do ambiente, conforto térmico e acústico, privacidade do ambiente, contribuição de estilo e design em relação à fachada e ao espaço interno, proteção contra insetos…
Porém, para classificarmos uma esquadria como tendo desempenho satisfatório, ela precisa atender os desempenhos previstos nas normas técnicas em relação aos seguintes requisitos:
– Cargas de vento da região em que for instalada;
– Vedação ao ar;
– Vedação à água;
– Esforços de uso;
– Isolamento acústico.
Embora ainda não sejam oficialmente exigidos nas normas, também vale destacar outros aspectos:
– Conforto térmico;
– Padrões de manutenção (conforme determinado na NBR 15575 — Esquadrias para edificações – Desempenho);
– Visibilidade para o espaço externo, com proteção de intempéries.
Dados gerais do mercado
Para uma ideia sobre a participação dos materiais na produção das esquadrias no Brasil, veja a ilustração a seguir:
Se analisarmos o mercado ao longo dos últimos vinte anos, notadamente teremos dois destaques
a) tivemos um crescimento significativo do alumínio;
b) já observamos uma participação crescente do PVC.
Com relação ao tipo de esquadrias, podemos afirmar que, nos dias de hoje, até mesmo em obras de médio volume, o sistema unitizado é utilizado: ele é produzido em forma de painel, já pronto com os vidros, e com a obra já preparada para recebê-lo. Esses painéis são então instalados em linha, de baixo para cima, sem necessidade de balancins, conforme a ilustração abaixo:
Laboratórios para ensaios
Não dá para projetar pensando em desempenho sem o apoio dos laboratórios de ensaio.
Hoje, estamos relativamente amparados com laboratórios como o do Itec, bem-preparado para a simulação de ventos, ensaios de vedação e de esforços de uso. Apesar disso, considero que ainda falta um empenho maior envolvendo as associações da construção civil para o aprimoramento desse produto. Precisamos também de mais laboratórios no Brasil para os ensaios dos sistemas com esquadrias, especialmente em termos de desempenho acústico e térmico.
Antônio Cardoso é consultor e sócio-fundador da AC&D Consultoria
Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.
Voltar
Itens relacionados ................................................................................................
- VidroCast aborda acústica em entrevista com Edison Claro de Moraes
- Morre Cornélio Brennand, que liderava o grupo dono da Vivix
- 2º Encontro de Mulheres Vidreiras tem programação definida. Inscreva-se!
- Inflação para a indústria fecha 2024 com alta de 9,42%
- Voilàp Glass adquire participação majoritária da Mappi International
- Termômetro Abravidro: responda à pesquisa sobre janeiro