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Quais as funções esperadas de uma boa esquadria? Como é o mercado para esse produto no Brasil?
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De maneira simplista, poderíamos definir esquadrias de alto desempenho como aquelas que superam as determinações das normas vigentes no Brasil, a NBR 10821 — Esquadrias para edificações, que define as regras sobres as esquadrias, e a NBR 11706 — Vidros na construção civil, que fala sobre o vidro nessas estruturas.

Embora pareça óbvio, é importante ressaltar que uma esquadria só pode ser considerada completa tendo a junção do material utilizado na sua estrutura e a aplicação do vidro: antes, era muito comum que o serralheiro da estrutura da esquadria dissesse ao cliente que o vidraceiro vem depois para instalar os vidros, como se fossem duas coisas distintas. Hoje, isso, felizmente, mudou!

 

Funções de uma esquadria

São inúmeras as funções de uma esquadria: controle da área de ventilação, proteção contra intempéries (ventos e chuvas), sombreamento do ambiente, conforto térmico e acústico, privacidade do ambiente, contribuição de estilo e design em relação à fachada e ao espaço interno, proteção contra insetos…

Porém, para classificarmos uma esquadria como tendo desempenho satisfatório, ela precisa atender os desempenhos previstos nas normas técnicas em relação aos seguintes requisitos:

– Cargas de vento da região em que for instalada;

– Vedação ao ar;

– Vedação à água;

– Esforços de uso;

– Isolamento acústico.

Embora ainda não sejam oficialmente exigidos nas normas, também vale destacar outros aspectos:

– Conforto térmico;

– Padrões de manutenção (conforme determinado na NBR 15575 — Esquadrias para edificações – Desempenho);

– Visibilidade para o espaço externo, com proteção de intempéries.

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Dados gerais do mercado

Para uma ideia sobre a participação dos materiais na produção das esquadrias no Brasil, veja a ilustração a seguir:

cardoso1

Se analisarmos o mercado ao longo dos últimos vinte anos, notadamente teremos dois destaques

a) tivemos um crescimento significativo do alumínio;

b) já observamos uma participação crescente do PVC.

Com relação ao tipo de esquadrias, podemos afirmar que, nos dias de hoje, até mesmo em obras de médio volume, o sistema unitizado é utilizado: ele é produzido em forma de painel, já pronto com os vidros, e com a obra já preparada para recebê-lo. Esses painéis são então instalados em linha, de baixo para cima, sem necessidade de balancins, conforme a ilustração abaixo:

cardoso2

Laboratórios para ensaios

Não dá para projetar pensando em desempenho sem o apoio dos laboratórios de ensaio.

Hoje, estamos relativamente amparados com laboratórios como o do Itec, bem-preparado para a simulação de ventos, ensaios de vedação e de esforços de uso. Apesar disso, considero que ainda falta um empenho maior envolvendo as associações da construção civil para o aprimoramento desse produto. Precisamos também de mais laboratórios no Brasil para os ensaios dos sistemas com esquadrias, especialmente em termos de desempenho acústico e térmico.

Antônio Cardoso é consultor e sócio-fundador da AC&D Consultoria

Este texto é um conteúdo digital exclusivo da edição 539 (novembro de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

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