Vidroplano
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Saiba como medir empenamentos no vidro laminado

05/03/2024 - 15h33

A nova versão da ABNT NBR 14697 — Vidro laminado trouxe uma série de atualizações sobre esse produto. Um dos novos pontos da norma, apresentado nas páginas de O Vidroplano em outubro do ano passado, foi a definição dos diferentes tipos de empenamento nos laminados e suas respectivas tolerâncias. Agora, é hora de saber quais são os métodos de avaliação e os critérios para aprovação para cada tipo.

Orientações gerais
Os empenamentos devem ser medidos na peça acabada de acordo com a metodologia citada no texto a seguir. Contudo, antes de realizar a laminação, recomenda-se que as chapas utilizadas na composição tenham o menor empenamento possível, pois, dependendo do nível desse problema, o processo de laminação pode ser comprometido.

Podem ser tomadas como referência as tolerâncias especificadas na Tabela 4 da ABNT NBR 14697, já apresentada na reportagem anterior.

 

1. Medição para empenamento total

  • Deve ser feita em temperatura ambiente;
  • A peça de vidro deve ser colocada em posição vertical, apoiada em seu lado mais longo por dois blocos de medida inferior a 100 mm, revestidos de borracha, conforme representado na figura a seguir:

 

pordentrodasnormas1-mar2024

 

Legenda:
1: lado mais longo do vidro (L ou H)
2: (L ou H)/2
3: (L ou H)/4
4: medida de cada um dos blocos apoiando o vidro para o ensaio (máximo de 100 mm)

  • Para medir, deve-se apoiar uma régua reta de metal, fio ou cabo totalmente esticado, na superfície do vidro, ao longo das bordas (largura e comprimento) e ao longo das diagonais, e medir a distância máxima (desvio) entre o vidro e a régua;
  • Para calcular o empenamento, os desvios encontrados, tanto na largura como no comprimento e na diagonal, devem ser divididos pelas suas respectivas medidas (sempre em milímetros).

Importante:

  • Deve ser adotado o maior valor encontrado nas medições;
  • Os valores não podem ser maiores que as tolerâncias especificadas na Tabela 4 da ABNT NBR 14697.

 

2. Medição para o empenamento local ou ondas de rolete

 

Empenamento localizado
Pode acontecer em distâncias relativamente curtas nas bordas do vidro:

  • Deve ser medido sobre um comprimento limitado de 300 mm, usando-se uma régua reta ou um arame esticado, paralelo à borda e a uma distância de 25 mm da borda do vidro;
  • O empenamento localizado deve ser expresso como sendo igual a mm (medidos) por 300 mm de comprimento.

 

Ondas de rolete (roller wave)
As ondas de roletes são medidas por meio de um relógio comparador, de acordo com o método especificado no Anexo B da ABNT NBR 14697, ou por um método alternativo com a medição feita por meio de equipamento de varredura digital (escâner).

Por se tratar de um conteúdo extenso, a descrição completa do método de avaliação para esse tipo específico de empenamento do laminado será apresentada na próxima edição da seção “Por dentro das normas”.

 

3. Medição para elevação de borda

  • O vidro deve ser apoiado sobre uma superfície plana, com a borda sobressaindo da superfície de apoio entre 50 e 100 mm, colocando-se uma régua sobre o vidro;
  • A borda deve ficar para fora da mesa, como mostrado na figura a seguir:

 

pordentrodasnormas2-mar2024

 

Legenda:
1: Régua reta
2: Elevação de borda
3: Vidro
4: Superfície plana para apoio

  • A elevação de borda pode ser medida por meio de um relógio comparador, desde que ele seja montado no final do perfil de alumínio, ao invés de no centro;
  • O equipamento deve ser deslocado até a borda da peça – a deformação máxima deve ser medida quando o relógio comparador se apoiar no pico da elevação e tocar a borda da peça;
  • A medição da elevação de borda também pode ser feita por meio de escâner;
  • Os valores máximos da elevação de borda são especificados na Tabela 4 da ABNT NBR 14697.

 

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Este texto foi originalmente publicado na edição 614 (fevereiro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto de abertura: Cris Martins



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