Vidroplano
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Saiba como vender divisórias de vidro

24/02/2023 - 17h37

Embora o vidro tenha uma série de qualidades, a transparência é sempre a primeira que nos vem à mente quando pensamos no material. E essa característica se encaixa na atual tendência de busca por maior integração visual entre espaços, aproveitamento da iluminação natural e adoção de uma estética mais clean em ambientes corporativos.

Sua vidraçaria já está aproveitando essa oportunidade? A seguir, conheça mais sobre o potencial de divisórias de vidro em espaços de trabalho e confira dicas de como apresentá-las e vendê-las a clientes nesse segmento.

Protegendo a saúde da equipe
Em 2020, a pandemia da Covid-19 levou as empresas a encontrar soluções para alterar seus espaços de modo a garantir a segurança dos colaboradores. “A procura por novos layouts, bem como pelos remanejamentos de salas corporativas, aumentou nesse período, assim como nas obras residenciais por conta do home office”, relata Alex Marques, sócio-fundador da Taj Vidros e Esquadrias, de São Paulo.

Viviane Sestari, diretora-comercial da Marcetex, com sede em Carapicuíba, Região Metropolitana de São Paulo, ressalta que, com o aumento de trabalho remoto, muitas empresas diminuíram seus escritórios e decidiram transformar os ambientes em espaços mais colaborativos, trazendo o conforto de casa para dentro do escritório. “Isso resultou em muita procura por espaços mais silenciosos, confortáveis, que proporcionassem funcionalidade e maior luminosidade natural, algo que o vidro consegue atingir”, comenta.

Segundo Viviane, essa visão permanece ainda hoje. “As empresas que conseguem essa rotatividade no fluxo de pessoas escolheram fechar salas de reuniões e diretoria e inseriram muitas salas menores de vidro espalhadas pelo ambiente, as chamadas ‘phone booths’ ou ‘salas de call’, para uma ou duas pessoas trabalharem em reunião online ou fazer uma ligação”, explica.

Benefícios além da saúde
A proteção dos colaboradores contra a transmissão de vírus e bactérias é uma das vantagens trazidas aos ambientes de trabalho pelas divisórias de vidro – mas está longe de ser a única.

“Essas estruturas são, sem dúvidas, sinônimas de modernidade, amplitude, sofisticação, luminosidade e integração de espaços. O vidro faz parte da composição corporativa, seja em escritórios grandes ou pequenos”, comenta Alex Marques, da Taj.

A posição de Alex é compartilhada por Viviane, da Marcetex. Para ela, a instalação é uma solução interessante tanto em ambientes corporativos como em áreas hospitalares e escolares, pois a luminosidade e amplitude que proporcionam a esses locais os tornam mais agradáveis visualmente. “Com a possibilidade de um aproveitamento maior da luz natural, é possível a redução nos custos com energia; além disso, também favorece o controle da temperatura interna e otimiza o uso do ar-condicionado, gerando mais economia.”

Outro benefício que esses sistemas podem trazer, acrescenta Viviane, é o isolamento acústico – dependendo da especificação dos vidros e demais componentes da divisória –, fazendo com que as pessoas se sintam mais confortáveis sem a interferência de ruídos externos e resultando assim numa maior produtividade.

Foto: DivulgaçãoMarcedex

Foto: Divulgação Marcedex

 

Como convencer o cliente?
Uma vez definido que divisórias de vidro são produtos bastante vantajosos para ambientes corporativos, é necessário saber vendê-las a esse segmento – isto é, convencer as empresas de que a aplicação dessas soluções contribuirá para seus espaços.

Para Alex, da Taj Vidros e Esquadrias, oferecer um projeto bem elaborado com as opções de inclusão e/ou substituição de divisórias de vidro faz toda a diferença para fechar negócio. “Entender o capital aproximado de investimento também ajuda muito, pois faz parte do nosso trabalho mostrar as opções que se enquadram dentro do valor que o cliente espera gastar, já que, como em todo ramo da construção civil, o céu é o limite quando se trata de valores em materiais”, ressalta.

Viviane recomenda que o vidraceiro explique ao comprador os benefícios que nosso material oferece como divisórias em comparação a outros componentes como drywall e paredes de alvenaria, ou mesmo em relação a ambientes totalmente abertos. Ela lista algumas dessas vantagens trazidas pelo vidro:

  • Estética moderna e diferenciada;
  • Maior uso de luz natural;
  • Controle térmico e acústico;
  • Baixa manutenção (incluindo a limpeza das superfícies);
  • Amplitude visual e integração dos ambientes;
  • Economia de energia;
  • Valorização do ambiente;
  • Etc.

Que vidro usar?
De acordo com a norma ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, para divisórias instaladas abaixo de 1,1 m em relação ao piso, são permitidos somente os vidros:

  • Temperado
  • Laminado
  • Aramado
  • Insulado (composto com os vidros citados acima)

Acima de 1,1 m em relação ao piso, além dos tipos já citados, também pode ser utilizado o vidro comum (float ou o texturizado), desde que encaixilhado ou colado em todo o perímetro.

Fugindo do óbvio
Apesar de todas as vantagens já apresentadas, o cliente ainda pode considerar que uma divisória de vidro não atende suas necessidades. Por exemplo, a transparência do nosso material pode não ser tão apreciada se o objetivo de um executivo é que seu escritório tenha privacidade visual para as conversas a portas fechadas, ou se busca algo esteticamente mais chamativo.

É aí que entram as soluções de valor agregado. Mostrá-las ao comprador e explicar o que elas podem proporcionar aos ambientes podem ser a chave para conquistá-lo.

“A Marcetex tem uma gama de produtos que atendem a privacidade visual e acústica dos ambientes. Por sermos também distribuidores de vidros, somos audaciosos na elaboração de produtos que não são padrão de mercado, buscamos sempre a inovação como fabricantes e adoramos quando recebemos projetos inovadores que agregam valor ao ambiente”, afirma Viviane.

Fabricante de divisórias, a empresa conta em seu catálogo com modulações personalizadas e possibilidade de instalação dos vidros de forma angular, de forma curva (montando os perfis com painéis sextavados formando uma curvatura), além de disponibilizar sistemas com vidros laminados (com PVB ou EVA), multilaminados de três ou mais peças, refletivos, polarizados, espelhos e diferentes tipos de peça texturizados, como vidros canelados.

A Taj Vidros e Esquadrias também possui opções diferenciadas de divisórias. “São inúmeras as possibilidades de obter um resultado de privacidade com o vidro, seja em acústica, com o uso de vidros laminados com PVB acústico ou com insulados. Também na questão visual, com a aplicação de películas adesivas, comunicação visual ou pinturas sobre as superfícies dos vidros”, orienta Alex. No caso de vidros insulados, ainda é possível colocar persianas internas, as quais podem ser acionadas para trazer privacidade ao ambiente quando desejado.

A divisória Gemino, de origem italiana, é hoje um dos destaques da empresa. Segundo Alex, o sistema, feito com vidros laminados, conta com melhor desempenho acústico, além de permitir várias alterações de layout para aumentar ou diminuir salas, reutilizando todo o material e sem perder a qualidade.

Foto: Divulgação Taj Vidros e Esquadrias

Foto: Divulgação Taj Vidros e Esquadrias

 

Garantindo a integridade da instalação
Assim como em qualquer outro tipo de venda e instalação feito por uma vidraçaria, é necessário cuidado para garantir que os vidros e demais componentes da divisória chegarão em segurança até a obra e que sua instalação será realizada sem falhas.

No caso da Marcetex, Viviane Sestari explica que a própria empresa cuida de todo o transporte, manuseio e embalagem dos materiais, etiquetados com as numerações das peças e o código do cliente para que os montadores possam instalar o sistema de acordo com o projeto. “O que recomendamos é que a obra esteja devidamente limpa, para não acumular sujeira de pó entre os vidros ou resquícios de tinta, argamassa ou cimento nos perfis de alumínio, a fim de não danificar ou corroer os materiais.”

Alex Marques recomenda que os instaladores tenham capacidade técnica para manuseio das peças, usem os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para a atividade, e sigam as orientações de segurança presentes nas normas da ABNT, como a ABNT NBR 7199. “Ter bons fornecedores das matérias-primas utilizadas na composição desses sistemas, como vidros e perfis, também faz toda a diferença”, acrescenta o sócio-diretor da Taj Vidros e Esquadrias.

Viviane concorda: “A proximidade com o fornecedor é um fator muito importante para a execução de uma obra. Ele tem propriedade para falar do produto que fabrica, como no caso das divisórias. As possibilidades com essa solução podem ser tantas que, às vezes, o próprio especificador ou arquiteto desconhecem. Isso garante a procedência de um material de qualidade e segurança.”

Este texto foi originalmente publicado na edição 602 (fevereiro de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Crédito da foto de abertura: Cris Martins



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