Vidroplano
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Série “Abravidro Entrevista” ganha novas lives

21/07/2020 - 12h05

No mês de julho, a série Abravidro Entrevista de lives no Instagram recebeu mais duas usinas para refletir sobre os impactos causados pelo novo coronavírus. No dia 2, a convidada foi a Vivix, enquanto a Guardian marcou presença no dia 13. Veja a seguir um pouco do que foi debatido em cada um dos encontros online.

Reajustando a produção
Na entrevista com a Vivix, o presidente da Abravidro, José Domingos Seixas, e a superintendente da associação, Iara Bentes, conversaram com Henrique Lisboa (presidente da usina), Izabela Zisman (gerente de Marketing) e José Henrique Ribeiro (diretor-comercial e de Marketing).

Segundo Lisboa, embora o mercado vidreiro tenha sofrido uma leve queda em 2019 em relação a 2018, os dois primeiros meses de 2020 foram muito bons e traziam um sentimento de retomada — o que acabou sendo interrompido com a pandemia. Isso levou a empresa a repensar suas ações para os meses seguintes. “Nossa primeira decisão foi o comprometimento total com a saúde dos colaboradores da Vivix, tanto no trabalho como nas recomendações para seus ambientes familiares”, contou. A empresa decidiu pela preservação dos empregos e renda salarial dos funcionários, considerando principalmente que eles são figuras fundamentais para minimizar os impactos da pandemia.

Outra ação adotada foi o ajuste da produção, interrompida por algumas semanas em abril e retomada em maio para garantir atendimento aos compradores. Houve ainda um empenho para manter a usina o mais próximo possível dos clientes, buscando ativamente soluções conjuntas para que todos possam sair da pandemia com o menor impacto possível. “Na cadeia vidreira, os elos são interdependentes: todos dependem uns dos outros”, avaliou Izabela Zisman.

Retomada do crescimento
José Henrique Ribeiro apontou que a demanda geral por vidros planos vem crescendo gradativamente. A previsão para o segundo semestre é a de que o mercado deve atingir em torno de 85% do esperado para um período normal. Ele também disse acreditar na retomada gradativa da economia, mas alertou: “Isso depende das medidas adotadas pelo governo nos próximos meses e da intensidade da pandemia no futuro próximo”.

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Apesar dos obstáculos, Lisboa avalia que o pessimismo com o futuro que havia em abril não se concretizou. “Como vimos que a maior parte dos nossos clientes se reorganizou, pudemos retomar a produção acima do que esperávamos para uma época de pandemia”, explicou. “Considero que, hoje, o pior já passou. Agora é o momento de ter pragmatismo para adaptar as empresas às novas demandas do mercado.”

Próximos passos
Segundo Lisboa, a Vivix já está com seu planejamento de produção ajustado para os próximos meses. Entre as medidas a serem tomadas, está a expansão de seu portfólio com o lançamento de dois novos produtos de controle solar ao longo deste ano. Izabela acrescentou que a usina tem refletido a respeito da readequação do setor vidreiro a partir de tendências como a maior adoção do trabalho remoto em alguns segmentos e a aceleração do uso de tecnologias — com destaque para as ligadas à Indústria 4.0 — em todos os negócios.

Um ponto levantado pelo público que acompanhava a entrevista foi sobre os planos da empresa para atuação nas regiões Sul e Sudeste. Lisboa respondeu: “Nosso projeto sempre foi ter mais uma planta. Contratempos no mercado impediram que ela se concretizasse, mas já estamos realizando seu pré-projeto e, embora sua localização ainda não tenha sido decidida, é possível que seja em uma dessas regiões”.

Desafios e oportunidades
Na segunda live do mês, os convidados foram Renato Poty (country manager da Guardian), Renato Sivieri (head de Marketing e Vendas) e Viviane Sequetin (gerente de Marketing). Poty, há quase quinze anos na usina, assumiu o comando da empresa no Brasil em plena pandemia da Covid-19. Apesar disso, comentou que o momento também traz oportunidades para repensar e adaptar os negócios. “Uma das nossas principais preocupações foi cuidar da saúde dos nossos colaboradores, porque são eles que movem a empresa”, destacou. “Interrompemos a produção dos fornos no começo da crise, deixando-os em modo de reciclagem, mas garantimos que haveria estoque suficiente para atender a demanda, retomando gradualmente a operação e observando todos os protocolos de segurança.”

Aproximação dos elos do setor
Viviane afirmou que a Guardian sempre esteve focada em iniciativas que gerem valor para toda a cadeia vidreira e contribuam para dividir conhecimentos com o público. Em tempos de pandemia, essas ações vieram principalmente com a organização de treinamentos online por meio de lives e webinars, e a criação do Plantão Guardian, para orientação dos clientes junto à equipe técnica da companhia, além de divulgar informações sobre as principais obras em andamento com o intuito de gerar oportunidades de negócios. “Além disso, estamos empenhados em melhorar a experiência nos canais digitais, oferecendo uma interface melhor para o consumidor dentro do site. Hoje, especialmente com a tendência de crescimento do sistema de home office, deveremos ter cada vez mais medidas nesse sentido”, explicou a gerente de Marketing.

Valorização dos produtos de alto desempenho
Segundo Sivieri, a Guardian precisou “segurar” o desenvolvimento de novos produtos durante esse período, mas assegurou que os planos da usina no Brasil não foram abandonados, apenas adiados em alguns meses. “Há expectativas muito boas de recomeço para o segundo semestre do ano, nosso setor mostrou grande capacidade de adaptação e transformação”, disse, apontando o aumento de trabalhos de retrofit e de pequenas reformas.

Para ele, é necessário buscar a venda mais criativa para que o setor consiga resultados positivos. “O mercado aprendeu que ter volume a qualquer custo não vale a pena. Este ano, estamos indo atrás de vendas menos volumosas e mais ricas, isto é, com foco nos produtos de valor agregado, incentivando o consumo de vidros refletivos.”

De acordo com a Guardian, o consumo de vidros de alto desempenho no Brasil ainda está muito aquém do desejado, em comparação a outros países no mundo — há muito trabalho de educação sobre esses produtos a ser feito junto à sociedade; é preciso alcançar as pessoas de fora da área de nosso material. Esse é o mesmo caso dos vidros insulados, os quais trazem não só conforto térmico, mas também a atenuação acústica nos ambientes, mostrando-se bastante vantajosos para novas obras.

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Este texto foi originalmente publicado na edição 571 (julho de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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